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Custos do trabalho abrandaram na Zona Euro no segundo trimestre
No segundo trimestre, os custos laborais seguiam a subir 4,7% no espaço da moeda única. Portugal esteve entre os países em tendência inversa neste indicador influenciado pelas horas trabalhadas.
Os custos laborais abrandaram na Zona Euro no segundo trimestre, com o ritmo do crescimento dos gastos com salários e contribuições sociais em função de cada hora trabalhada na economia a cair de 5% para 4,7%, indica nesta segunda-feira o Eurostat.
Este indicador de curto prazo depende não apenas das subidas nominais de salários, como também da evolução da produtividade, sendo expresso em termos de custos enfrentados por empresas e outras entidades da economia em função das horas trabalhadas.
À semelhança do que tem sido observado nos restantes indicadores salariais da Zona Euro, que se encontram sob vigilância atenta do Banco Central Europeu, os dados desta segunda-feira apontam para uma tendência geral de moderação.
A determinar esta evolução global, em termos setoriais, está o índice de custos laborais nos serviços, que abranda de um crescimento de 4,8% para 4,5%. Na indústria e no sector da construção ainda se observam ligeiros aumentos de velocidade:de 4,7% para 4,8% de subida, e de 5,1% para 5,3%, respetivamente.
Nas realidades nacionais, observam-se também diferentes comportamentos no índice de custos laborais. Na maior economia, a Alemanha, a variação anual de custos cai de 5,7% para 5,1% entre o primeiro e o segundo trimestre, observando-se também abrandamentos em Estónia, Espanha, Luxemburgo, Letónia, Malta, Países Baixos, Áustria, Eslovénia, Eslováquia e Finlândia.
No restantes países há anda aceleração, incluindo em Portugal, onde os custos por hora trabalhada avançaram de um ritmo de 6,6% para 7,2%.