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Costa diz que previsão de crescimento de 4,6% é sua

O secretário-geral do PS clarificou que o número que avançou para o PIB de 2021 diz respeito a uma previsão sua, com que está a trabalhar, e não ao valor apurado pelo INE, que será divulgado um dia depois das eleições.

Miguel A. Lopes / Lusa
26 de Janeiro de 2022 às 13:46
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O secretário-geral do PS e primeiro-ministro António Costa clarificou esta quarta-feira que o número que avançou para o crescimento do PIB em 2021 diz respeito a uma estimativa sua, com a qual está a trabalhar, e não ao valor oficial que cabe ao Instituto Nacional de Estatística (INE) apurar e divulgar. Costa respondeu aos jornalistas durante uma arruada, em Fafe.

"Não citei 
INE nenhum, disse quais são as previsões com que estamos a trabalhar. O INE revelará os seus números quando os tiver. Não percebo essa questão", atirou António Costa, em declarações transmitidas pela TSF, quando confrontado com a informação que tinha revelado na véspera.

Durante a tarde, a partir de Leiria, Rui Rio, presidente e candidato a primeiro-ministro pelo PSD, acusou António Costa de usar um número a que teve acesso na qualidade de chefe do Governo para fazer campanha.

"
O que entendo que não é razoavel é ele ter acesso a determinados números na sua qualidade de primeiro-ministro, sob reserva, embargo, e achou que lhe dava jeito para a campanha eleitoral e resolveu divulgar, como secretário-geral do PS e candidato, esses dados", criticou o líder dos sociais-democratas. "Ele achou que era um número fantástico", disse Rio, referindo-se ainda a António Costa, mas "até está um bocadinho abaixo das projeções do Governo", frisou, lembrando que este ritmo de crescimento foi conseguido na sequência de uma recessão "de mais de 8%".

INE nega ter dado informação antecipadamente ao Governo

Em causa estão declarações de António Costa, feitas durante uma arruada em Coimbra, na terça-feira. O primeiro-ministro disse que "apesar da pandemia, o país o ano passado já cresceu 4,6%, voltou a convergir com a União Europeia".

A informação sobre o crescimento conseguido pela economia portuguesa no ano passado é apurada oficialmente pelo INE e está previsto que venha a ser revelada apenas na próxima segunda-feira, 31 de janeiro – um dia depois das eleições legislativas.

Depois das declarações de António Costa sobre o crescimento económico de 2021, o INE assegurou em respostas ao Negócios que "não antecipa resultados aos membros do Governo" e que o valor final ainda não está fechado.

Até ontem, nem o PS no âmbito da campanha eleitoral, nem o Governo, tinham apresentado novas estimativas para o PIB de 2021. Conforme confirmou o ministro da Economia Siza Vieira ao Negócios, o programa eleitoral socialista foi construído com base no cenário macroeconómico do Governo, apresentado na proposta de Orçamento do Estado para 2022, e que prevê um crescimento de 4,8%. Também o ministro das Finanças, João Leão, tinha dito na semana passada estar confiante de que os 4,8% teriam sido atingidos.

O secretário-geral do PS atualizou assim expectativas em baixa, apontando para um crescimento ligeiramente mais contido face ao que tinha previsto em outubro. Os indicadores mais recentes têm vindo a sinalizar um abrandamento do ritmo da atividade económica no final do ano passado, relacionado com o aumento do número de infeções por covid-19 e as medidas restritivas que foram impostas no período das festas com o objetivo de conter os contágios.

(Notícia atualizada às 17:09 com a reação do presidente do PSD, Rui Rio)


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