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Costa antecipa-se ao INE e diz que PIB cresceu 4,6% em 2021

Em plena arruada, em Coimbra, o primeiro-ministro António Costa revelou que a economia portuguesa cresceu 4,6% em 2021, um resultado abaixo da estimativa feita em outubro pelo Governo, de 4,8%. INE diz que ainda não apurou o valor e que "não antecipa resultados aos membros do Governo."

Miguel A. Lopes / Lusa
25 de Janeiro de 2022 às 19:32
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A economia portuguesa cresceu 4,6% em 2021, disse esta terça-feira o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, em plena arruada, em Coimbra. O responsável antecipou assim informação que está programada para ser divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apenas na próxima segunda-feira, um dia depois das eleições legislativas. Contactado pelo Negócios, o INE indicou que ainda não apurou o valor e que "não antecipa resultados aos membros do Governo".

"Apesar da pandemia, o país o ano passado já cresceu 4,6%, voltou a convergir com a União Europeia", assinalou António Costa, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, em plena campanha.

A projeção de crescimento do Governo, apresentada em outubro no âmbito do Orçamento do Estado para 2022 (que acabou chumbado no Parlamento e que justificou a decisão do Presidente da República de convocar eleições antecipadas) era de 4,8%. No início da semana passada, a partir de Bruxelas, o ministro das Finanças, João Leão, tinha-se mostrado confiante de que a meta de 4,8% teria sido alcançada.

Apesar de, segundo António Costa, o resultado ter ficado afinal abaixo da expectativa do Executivo socialista, o primeiro-ministro sublinhou a leitura positiva que continua a perspetivar para 2022.

"Todas as instituições internacionais, os organismos que fazem previsões económicas, dizem que o país este ano vai crescer 5,8%", continuou.

Numa resposta ao Negócios, o INE indicou que "ainda não apurou o resultado do 4º trimestre de 2021 e consequentemente a variação média anual ainda não existe", acrescentando que "só em 31 de janeiro próximo se saberá qual a primeira estimativa".

O gabinete de estatística sublinha que "em conformidade com a política de difusão seguida e que consta no seu portal, o INE não antecipa resultados aos membros do Governo." 

O Negócios pediu também esclarecimentos adicionais ao PS, mas ainda não foi possível obter resposta.
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