Notícia
Contas externas continuam positivas, mas pioram face a 2017
Portugal mantém um excedente externo até Outubro, mas o valor diminuiu para quase metade.
O excedente das contas externas de Portugal demorou mais tempo a chegar este ano e também está mais curto do que em anos passados, tal como mostra o gráfico abaixo.
A inversão de défice para excedente este ano aconteceu em Agosto, enquanto em 2017 tinha sido em Julho e 2016 em Junho. Acresce que não houve uma recuperação, pelo menos até Outubro: o excedente externo está quase em metade do valor que se registava até Outubro de 2017.
"Nos primeiros dez meses do ano, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em 1.175 milhões de euros, montante inferior aos 2.111 milhões de euros registados em igual período de 2017", revela a nota de informação estatística sobre a balança de pagamentos publicada esta quarta-feira, 19 de Dezembro, pelo Banco de Portugal.
A diferença de 936 milhões de euros entre o mesmo período em 2018 e em 2017 é explicada pela evolução das três componentes deste saldo: a balança corrente (que inclui a balança de bens e serviços) piorou mais de mil milhões de euros, a balança financeira também deteriorou-se de forma semelhante e a ligeira melhoria da balança de capital não foi suficiente para compensar.
A balança corrente passou de um excedente de 671 milhões de euros até Outubro de 2017 para um défice de 428 milhões de euros até Outubro de 2018.
Uma deterioração explicada pelo aumento do défice do rendimento primário (onde se incluem salários, juros, dividendos e algumas transferências da União Europeia), justificada pelo Banco de Portugal com "o aumento dos dividendos pagos a entidades não residentes em Portugal". A explicação passada ainda pela redução do excedente da balança de bens e serviços dado que o aumento do turismo (serviços) não compensou na totalidade o crescimento do défice da balança de bens.
No caso da balança financeira, a redução acontece por causa da queda do investimento de carteira e pelo défice na categoria de "outro investimento", que no ano passado registou um excedente neste período.
"Para esta evolução contribuíram o sector financeiro, com o investimento em títulos de dívida emitidos por não residentes, e o Banco de Portugal, por via da redução de responsabilidades do junto do Eurosistema", explica o banco central, referindo ainda que "verificou-se o investimento de não residentes no capital das sociedades não financeiras residentes e em títulos de dívida pública, originando, em ambos os setores, uma diminuição dos activos líquidos sobre o exterior".
Desde 2012 que as contas externas de Portugal registam um excedente, mas sem um perfil anual linear: o ano começa com um défice que depois passa a excedente no saldo acumulado no final do ano.
A inversão de défice para excedente este ano aconteceu em Agosto, enquanto em 2017 tinha sido em Julho e 2016 em Junho. Acresce que não houve uma recuperação, pelo menos até Outubro: o excedente externo está quase em metade do valor que se registava até Outubro de 2017.
A diferença de 936 milhões de euros entre o mesmo período em 2018 e em 2017 é explicada pela evolução das três componentes deste saldo: a balança corrente (que inclui a balança de bens e serviços) piorou mais de mil milhões de euros, a balança financeira também deteriorou-se de forma semelhante e a ligeira melhoria da balança de capital não foi suficiente para compensar.
A balança corrente passou de um excedente de 671 milhões de euros até Outubro de 2017 para um défice de 428 milhões de euros até Outubro de 2018.
Uma deterioração explicada pelo aumento do défice do rendimento primário (onde se incluem salários, juros, dividendos e algumas transferências da União Europeia), justificada pelo Banco de Portugal com "o aumento dos dividendos pagos a entidades não residentes em Portugal". A explicação passada ainda pela redução do excedente da balança de bens e serviços dado que o aumento do turismo (serviços) não compensou na totalidade o crescimento do défice da balança de bens.
No caso da balança financeira, a redução acontece por causa da queda do investimento de carteira e pelo défice na categoria de "outro investimento", que no ano passado registou um excedente neste período.
"Para esta evolução contribuíram o sector financeiro, com o investimento em títulos de dívida emitidos por não residentes, e o Banco de Portugal, por via da redução de responsabilidades do junto do Eurosistema", explica o banco central, referindo ainda que "verificou-se o investimento de não residentes no capital das sociedades não financeiras residentes e em títulos de dívida pública, originando, em ambos os setores, uma diminuição dos activos líquidos sobre o exterior".
Desde 2012 que as contas externas de Portugal registam um excedente, mas sem um perfil anual linear: o ano começa com um défice que depois passa a excedente no saldo acumulado no final do ano.