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Contas externas com défice até novembro. É a primeira vez desde 2011
Entre janeiro e novembro, as contas externas agravaram o défice, que chegou a 1.573 milhões de euros. É a primeira vez nos últimos 11 anos, segundo o Banco de Portugal.
As contas externas de Portugal registaram um défice de 1.573 milhões de euros até novembro, um agravamento expressivo face ao período homólogo. Além disso, as contas externas não registavam um saldo negativo no período até novembro desde 2011.
Segundo as estatísticas da balança de pagamentos divulgadas nesta quinta-feira, 19 de janeiro, pelo Banco de Portugal (BdP), o défice externo acumulado até ao final de novembro agravou-se cerca de 200 milhões de euros face ao mês precedente.
Mas em comparação com o período homólogo, ou seja, entre janeiro e novembro de 2021, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital deteriorou-se expressivamente. Na altura, tinha sido registado um excedente de 1.278 milhões de euros.
Em termos agregados, o BdP destaca o aumento do défice da balança de bens, que aumentou, tendo as importações crescido mais do que as exportações (33% e 23,3%, respetivamente). Já o excedente da balança de serviços subiu, influenciado sobretudo pelas viagens e turismo.
Em novembro, excedente passou a défice
Em termos mensais, ou seja, olhando só para o mês de novembro, as contas externas apresentaram um défice de 256 milhões de euros, um agravamento face ao mesmo mês de 2021, mas também face a outubro.
Na balança de bens, o défice aumentou 467 milhões de euros, devido a um crescimento das importações superior ao das exportações em relação a novembro de 2021 (taxas de variação homólogas de 20,1% e 18%, respetivamente).