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Consumo e investimento desaceleram em Maio

O consumo privado teve um crescimento homólogo mais modesto em Maio, enquanto o investimento registou mesmo uma diminuição, escreve o Instituto Nacional de Estatística (INE). Importações aceleraram, exportações arrefeceram.

Bloomberg
17 de Julho de 2015 às 11:23
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O título da publicação do INE não é muito optimista: "Consumo privado e Investimento desaceleraram em Maio. Importações nominais de bens aceleraram e Exportações desaceleraram." O resultado é uma estagnação do indicador de actividade económica em Maio, embora o indicador de clima económico (qualitativo) tenha continuado a crescer para máximos de 2008.

 

Os dados publicados esta manhã, 17 de Julho, apontam para um crescimento "menos acentuado" do indicador quantitativo do consumo privado, o que representa uma suspensão do "movimento ascendente observado desde o início do ano". No que diz respeito ao consumo duradouro, a venda de automóveis, que vinha a crescer a um ritmo muito forte, teve uma variação homóloga ligeiramente menor em Junho (30,1% vs. 32,7% em Maio). Já o consumo corrente, depois de ter estabilizado em Abril, desacelerou em Maio.

 

Nem tudo são más notícias na área do consumo. O indicador qualitativo do INE, que se baseia em opiniões dos empresários do comércio e do retalho, atingiu em Junho o valor mais elevado desde 2002, enquanto o indicador de confiança dos consumidores "diminuiu ligeiramente nos últimos três meses".

 

Do lado do investimento, os dados também não são positivos. O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo caiu nos últimos dois meses, o que também contraria o crescimento que se começou a registar desde Março de 2013. Segundo o INE, esta diminuição deve-se a um menor contributo positivo da construção, assim como das máquinas e equipamentos.

 

Apesar de a venda de cimento produzido em Portugal estar a crescer desde Fevereiro, registou um abrandamento em Maio e Junho. O licenciamento para a construção de novas habitações passou de uma variação homóloga de 25,4% em Abril para 11,7% em Maio.

 

No investimento em máquinas e equipamentos, as opiniões de empresários do comércio por grosso diminuiu nos últimos três meses, principalmente em Junho. "No último mês, observou-se um agravamento de todas as componentes, mais expressivo no caso das perspectivas de encomendas a fornecedores e de actividade", escreve o INE.

 

Por último, o material de transporte estabilizou em Maio depois de ter travado fortemente em Abril. "No último mês, observou-se uma aceleração das vendas de veículos comerciais ligeiros e pesados, uma estabilização das vendas de veículos ligeiros de passageiros para empresas de rent-a-car e táxis e um abrandamento do indicador de volume para o consumo de automóveis ligeiros de passageiros", pode ler-se na publicação do INE.

 

O INE sublinha também que o comércio internacional está a evoluir no sentido de inverter algum do progresso conseguido no reequilíbrio externo, apontando que as exportações cresceram 8% em Maio, enquanto as importações avançaram 11%. Em Abril, essas variações tinham sido 8,2% e 7,7%, respectivamente.

 

(Notícia actualizada às 11h58)

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