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Consumo privado e investimento aceleram em março
Apesar do crescimento mais acelerado do consumo das famílias e do investimento, a economia terá abrandado em março.
O indicador do Instituto Nacional de Estatística (INE) para medir a atividade económica em Portugal cresceu a um ritmo mais lento em março, apontando para um abrandamento no final do primeiro trimestre.
O indicador de atividade económica registou em março um crescimento homólogo de 2%, abaixo da taxa de crescimento de 2,1% registada em fevereiro e de 2,3% em janeiro.
Apesar deste abrandamento, o INE dá conta de uma aceleração do crescimento de duas componentes da economia: consumo das famílias e investimento.
"O indicador quantitativo do consumo privado acelerou em março, verificando-se uma aceleração da componente de consumo corrente e uma desaceleração da componente de consumo duradouro", refere o INE.
No consumo o indicador registou um crescimento homólogo de 2,7%, tendo sido impulsionado pelo consumo corrente (taxa de crescimento acelerou de 2,5% para 2,7%). No consumo de bens duradouros o crescimento baixou de 4,1% para 3,4%.
No que diz respeito ao investimento, o INE dá conta que "o indicador de FBCF acelerou em março, devido ao contributo positivo mais intenso das componentes de máquinas e equipamentos e de construção, enquanto a componente de material de transporte apresentou um contributo positivo menos intenso".
A pressionar a atividade económica em março, segundo o INE, terá estado a "desaceleração na indústria e nos serviços". Também o comércio externo terá contribuído de forma negativa, pois as exportações e importações de bens apresentaram variações homólogas de 4,0% e 13,4% em março, contra 5% e 11,6% em fevereiro.
O INE revelou a semana passada que a economia portuguesa acelerou no primeiro trimestre de 2019 ao crescer 1,8%, em termos homólogos, acima do crescimento de 1,7% registado no final do ano passado.