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Confiança dos consumidores e empresas recupera em setembro

Clima económico atingiu máximos desde abril de 2023, com o otimismo a contagiar todos os setores de atividade, excluindo a construção. Confiança dos consumidores recupera e regista valores superiores ao pré-guerra na Ucrânia. Sentimento económico na Zona Euro mantém-se estável.

Portugal tinha, no final do ano passado, 10,64 milhões de habitantes, segundo estimativas do INE, o valor mais alto desde pelo menos 1900.
Miguel Baltazar
27 de Setembro de 2024 às 10:58
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Os indicadores de confiança dos consumidores e das empresas melhoraram em setembro, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados esta sexta-feira. O clima económico atingiu máximos desde abril de 2023, com o otimismo a contagiar todos os setores de atividade, excluindo a construção.

No que toca aos consumidores, o indicador de confiança recuperou de -14,1 pontos para -12,8 em setembro, depois de uma ligeira diminuição no mês anterior. Desde julho, está a registar valores superiores aos observados em fevereiro de 2022, mês em que se iniciou a invasão russa da Ucrânia e a partir de qual se observou uma "queda abrupta" na confiança das famílias.

Esse maior otimismo dos consumidores "resultou do contributo positivo de todas as componentes: perspetivas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar".

Também o saldo das opiniões dos consumidores em relação à evolução passada dos preços diminuiu nos últimos dois meses, o que significa que as famílias estão a sentir um alívio na inflação. Em relação às perspetivas futuras em relação aos preços, também essas diminuíram "significativamente em setembro, depois do aumento registado no mês precedente", nota o INE.

No caso das empresas, "os indicadores de confiança aumentaram na Indústria Transformadora e no Comércio e, de forma mais expressiva, nos Serviços, tendo diminuído na Construção e Obras Públicas". Com isso, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas dos inquéritos às empresas, aumentou de 1,6 pontos para 2,1 em setembro.

O INE nota ainda que "o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em setembro em todos os setores": Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços.

Sentimento económico mantém-se estável na Zona Euro

Enquanto em Portugal paira um clima de maior otimismo, os inquéritos europeus de conjuntura económica relativos também a setembro apontam para uma estabilização do indicador de sentimento económico. Na Zona Euro, o indicador manteve-se "globalmente estável" em 96,2 pontos (uma queda de três décimas face ao mês anterior). Já na União Europeia, fixou-se em 96,7 pontos, o mesmo valor de agosto.

Essa estabilização geral do indicador de sentimento económico na UE e Zona Euro "resultou da melhoria da confiança na construção e entre os consumidores, compensada por uma diminuição da confiança da indústria". Já a confiança nos serviços e no comércio a retalho manteve-se globalmente estável.

No setor da indústria, o indicador agravou-se em setembro (-0,8) devido a "uma deterioração substancial da avaliação dos empresários e gestores sobre o nível atual da carteira de encomendas global e a uma deterioração menos pronunciada das suas avaliações dos stocks de produtos acabados". Já as expectativas de produção mantiveram-se praticamente inalteradas.

França (-1,4) e Alemanha (-1,2) foram os países onde o indicador de sentimento económico mais diminuiu em setembro, enquanto Portugal (2,9), Polónia (2), Espanha (1,9), Itália (1,2) registaram os maiores aumentos. 

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