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Católica prevê que crescimento económico tenha acelerado no primeiro trimestre

O Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica antecipa que o crescimento económico tenha acelerado no primeiro trimestre, com o PIB a avançar 0,7% em cadeia e 1,9% em termos homólogos.

10 de Abril de 2019 às 18:21
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Na Folha Trimestral de Conjuntura divulgada esta quarta-feira, 10 de abril, o NECEP prevê que no primeiro trimestre deste ano o produto interno bruto (PIB) tenha crescido 0,7% face aos três meses anteriores e 1,9% face ao primeiro trimestre de 2018.

Trata-se de uma previsão "ligeiramente acima" do crescimento de 0,4% em cadeia e de 1,7% registado no quarto trimestre de 2018.

"Apesar do contexto externo menos favorável, com um crescimento dececionante na zona euro (estimativa de 0,3% no 1.º trimestre após 0,2% no 4.º trimestre), a economia portuguesa parece resistir, talvez devido à dinâmica positiva do investimento e à persistência da recuperação do consumo privado", explica o NECEP.

Os economistas da Católica acrescentam que "este diagnóstico aplica-se igualmente a Espanha, que é, entre as principais economias da Zona Euro, aquela que recupera de forma mais consistente", apesar da estagnação da economias alemã e francesa e da contração em Itália.

Para a taxa de desemprego o NECEP antecipa que se fixe em 6,5% no primeiro trimestre, depois dos 6,7% registados nos últimos três meses do 2018.

Para o consumo privado, os economistas da Católica preveem um aumento de 0,4% no primeiro trimestre face aos três meses anteriores, depois do avanço de 1,2% no último trimestre de 2018.

"A generalidade dos vários indicadores quantitativos e qualitativos sinaliza a ligeira melhoria da economia portuguesa no início de 2019, mas sem abandonar uma trajetória de recuperação moderada", indica o NECEP na 56.ª Folha Trimestral de Conjuntura.

No conjunto do ano, os economistas da Católica antecipam agora um crescimento de 2,1%, "uma revisão em ligeira alta", de 0,1 pontos percentuais (p.p.), justificada, "acima de tudo, nas boas perspetivas para o crescimento trimestral e, por outro lado, à estimativa do crescimento tendencial da economia portuguesa que se mantém superior a 0,5% ao trimestre".

O NECEP mantém "o ponto central para o crescimento em 2020 e 2021 (2,1%), sem alteração face à última folha, mas conservando intervalos de previsão alargados".

Para o défice, o NECEP antecipa que se situe em 0,3% do PIB em 2018, excluindo a recapitalização do Novo Banco, salientando que "esta recapitalização pode deteriorar o défice e a dívida em 0,6 p.p. do PIB".

No conjunto do ano, os economistas da Católica antecipam que a taxa de desemprego fique em 6,1%, abaixo dos 6,3% previstos pelo Governo.

Os economistas da Católica indicam ainda que "a economia portuguesa continua a apresentar riscos predominantemente descendentes que decorrem, quer do elevado endividamento e fragilidade do sistema financeiro, quer do referido contexto externo".

A este nível o NECEP refere que, além do crescimento moderado na zona euro, subsistem riscos relacionados com  o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), assim como as tensões do comércio internacional.
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