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Atividade empresarial na Zona Euro arranca 2023 a crescer e volta ao positivo

Depois de sete meses no negativo, as empresas da Zona Euro arrancaram 2023 mais otimistas. O índice PMI compósito para a Zona Euro aponta para uma subida da atividade empresarial em janeiro, que regressa, assim, a níveis positivos.

Política de ajustamentos pontuais das remunerações permite às empresas evitar encargos permanentes.
Amândia Queirós
24 de Janeiro de 2023 às 11:00
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A atividade empresarial na Zona Euro cresceu em janeiro e voltou a terreno positivo, surpreendendo os analistas e sinalizando que os países da moeda única continuam, no arranque de 2023, a escapar a uma contração económica.

Divulgado nesta terça-feira, 24 de janeiro, o PMI (Purchasing Manager’s Index) compósito da Zona Euro subiu pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, para 50,2 pontos, face aos 49,3 pontos registados em dezembro, regressando assim a terreno positivo. 

Este indicador, divulgado pela S&P Global Market Intelligence, uma empresa norte-americana de análise financeira, é visto como um bom termómetro da atividade económica, já que é feito com base em inquéritos às empresas.

Esta é a primeira vez desde junho que o índice está acima da linha de água (os 50 pontos), que separa o crescimento da contração. Além disso, o resultado ficou acima do esperado pelos analistas (o consenso recolhido pela Reuters, por exemplo, apontava para 49,8 pontos). 

Os dados mostram que a melhoria foi alargada a todos os setores de atividade económica, com os serviços a voltarem também a valores positivos (50,7 em janeiro, contra 49,8 pontos em dezembro) e o PMI industrial está em máximos de cinco meses (nos 48,8 pontos, contra 47.8 em dezembro).

"O início de 2023 viu uma subida ligeira da atividade empresarial da Zona Euro, demonstrando um possível regresso ao crescimento depois de seis meses consecutivos de queda", afirma a S&P Global, em comunicado. 

No entanto, há informações mistas das principais economias do Euro. Se por um lado a atividade económica na Alemanha, a maior economia da moeda única, melhorou (com a inflação a diminuir e as empresas mais otimistas - embora pouco), em França, a segunda maior economia do bloco, a atividade voltou a cair ligeiramente em janeiro (embora com a atividade industrial a melhorar desde agosto. 

O comunicado nota também que o produto no resto da Zona Euro "regressou ao crescimento" depois de quatro meses a cair. 

Zona Euro continua a fugir à contração

Os indicadores divulgados nesta terça-feira foram vistos pelos analistas como positivos. "A subida do PMI aumenta a esperança de que a economia da Zona Euro escapou, afinal, a uma recessão", comentou 
Christoph Weil, analista do Commerzbank.

No entanto, Christoph Weil admite que ainda o cenário de contração no primeiro trimestre não está afastado de todo, dada a "deterioração clara" da conjuntura económica atual. 

Já Andrew Kenningham, da Capital Economics, considera que a subida do PMI compósito em janeiro "é consistente com a estagnação da economia" da Zona Euro. "Soma à evidência de que a região evitou, até aqui, a contração acentuada que muitos previram", acrescentou. 

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