O Tesouro italiano terminou mais cedo a operação de financiamento em que colocou dívida junto dos aforradores através do retalho, ao vender obrigações no valor de 20 mil milhões de euros. As obrigações com prazo de quatro anos foram vendidas à taxa implícita anual de 2,15%, segundo a Bloomberg.

O executivo tinha planeado vender as obrigações entre dia 1 e 8 de Novembro. No entanto, decidiu antecipar o final do período de subscrições para esta quarta-feira devido à forte procura. Até terça-feira, o montante colocado era de 16,8 mil milhões de euros e, esta manhã, o Tesouro do país fechou os livros após terem sido inscritas compras no valor de 3,2 mil milhões de euros.

Os títulos foram colocados à taxa implícita de 2,15%, com os aforradores do país a procurarem activos seguros e que lhes permitam compensar a perda de poder de compra que iriam sofrer por via da inflação. Em contrapartida, o governo de Itália poderá diminuir o volume de emissões no mercado obrigacionista primário durante os meses de Novembro e Dezembro.

“O actual nível muito baixo da inflação em Itália é visto como nada mais do que passageiro”, afirmou o estratego do Manument Securities, Marc Ostwald, à Bloomberg. A adesão também demonstra que os “investidores internos do mercado de retalho não vêem qualquer risco de incumprimento no médio prazo e, possivelmente, que os investidores locais preferem confiar o dinheiro ao governo do que aos bancos locais”, acrescentou.

Os juros de Itália estão a descer na sessão desta quarta-feira do mercado secundário. A "yield" a quatro anos recua 0,6 pontos base para 2,514%.