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Afinal, inflação na Zona Euro abrandou em agosto. Portugal tem segunda maior aceleração

Eurostat reviu em baixa a taxa de inflação na Zona Euro em agosto. Preços continuaram a abrandar, ao contrário do que tinha inicialmente previsto o gabinete de estatísticas europeu. Portugal destoa com a segunda maior aceleração de preços, apenas atrás do Luxemburgo.

Inflação abrandou para 9,6% em dezembro, mas o BdP estima que, para os mais pobres, tenha sido superior.
João Cortesão
19 de Setembro de 2023 às 10:09
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O Eurostat reviu esta terça-feira em baixa a taxa de inflação na Zona Euro em agosto. Em vez de ter estabilizado em 5,3% como antecipava a estimativa rápida, a variação homóloga da inflação na Zona Euro voltou a abrandar para 5,2%, menos uma décima do que no mês anterior. Na União Europeia (UE), a inflação aliviou de 6,1% para 5,9%.

Com esta revisão em baixa da inflação na Zona Euro, agosto foi o quarto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor, explicado sobretudo por uma desaceleração dos preços dos alimentos. Esta é, porém, a desaceleração mais baixa dos últimos meses (uma décima). Há precisamente um ano, a variação homóloga da inflação era de 9,1%.

Ainda na Zona Euro, a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energia (por estarem mais sujeitos a variações de preços), abrandou de 6,6% em julho para 6,2% em agosto. Este indicador, que mede o nível de "enraizamento" da inflação na economia e ao qual o Banco Central Europeu (BCE) tem estado atento, está a desacelerar desde abril.

O Eurostat dá conta de que o maior contributo para a variação homóloga da inflação em agosto na Zona Euro veio dos serviços (2,41 pontos percentuais), apesar da variação homóloga em agosto ter desacelerado de 5,6% para 5,5%. Com isto, os serviços ultrapassaram já a alimentação, álcool e tabaco (1,98 pontos percentuais) assumindo-se como principal motor da inflação no euro. A componente de alimentação, álcool e tabaco aliviou de 10,8% para 9,7% em agosto.

Já os bens industriais não-energéticos pesaram 1,19 pontos percentuais na variação homóloga da inflação, com a variação homóloga dos preços a abrandar de 5% para 4,7%. Enquanto isso, a energia continuou a dar um contributo negativo (-0,34 pontos percentuais), apesar de os preços dos combustíveis estarem já a diminuir menos do que até aqui (passaram de uma descida de -6,1% em julho para -3,3% em agosto).

Na UE, a desaceleração da inflação em agosto foi ligeiramente mais significativa (duas décimas). Há um ano, a inflação no conjunto dos 27 Estados-membros tinha ultrapassado pela primeira vez os dois dígitos, fixando-se em 10,1%.

Portugal com segunda maior aceleração do euro
Considerando os 27 Estados-membros, as taxas de inflação mais baixas registaram-se na Dinamarca (2,3%), Espanha e Bélgica (ambos com 2,4%). Por outro lado, as taxas de inflação mais elevadas verificaram-se na Hungria (14,2%), República Checa (10,1%) e Eslováquia (9,6%).

Em comparação com o mês de julho, a variação homóloga da inflação desacelerou em 15 Estados-membros, manteve-se estável na Grécia (em 3,5%) e acelerou em 11 (Bélgica, Irlanda, Espanha, França, Croácia, Chipre, Luxemburgo, Áustria, Roménia, Eslovénia e Portugal).

No caso de Portugal, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), que permite comparar a evolução dos preços com a dos restantes Estados-membros e que difere ligeiramente do índice de preços no consumidor (IPC) usado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), acelerou de 4,3% para 5,3%, sendo esta a segunda maior subida do euro. Apenas o Luxemburgo, teve uma aceleração superior em agosto: de 2% para 3,5%.

(Notícia atualizada às 10:34)
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