O PSD entregou hoje no Tribunal de Contas (TdC) e da Inspecção-geral de Finanças (IGF) uma queixa sobre o que considera serem "ilegalidades" nas contas da Câmara de Lisboa de 2012, relativas à inclusão de pagamentos devidos pela EPUL.

"Qualquer acusação de ilegalidade é evidente que me preocupa, mas não acredito que exista qualquer ilegalidade", disse Manuel Salgado esta terça-feira, recusando também que a denúncia feita pelo PSD afecte a candidatura socialista. "As pessoas acreditam que António Costa é uma pessoa íntegra e que não ia cometer qualquer ilegalidade desse tipo", defendeu.

O ainda vice-presidente da autarquia, que é o quarto candidato da lista socialista encabeçada por António Costa nas eleições de domingo, falava aos jornalistas depois de uma acção de campanha no miradouro de São Pedro de Alcântara sobre a sustentabilidade da cidade.

Manuel Salgado discursou em vez de António Costa, que, quase sem voz, se limitou a apelar ao voto: "Digo a viva voz que é preciso votar no domingo", afirmou. Aos jornalistas, recusou comentar a denúncia do PSD no TdC e na IGF.

O público presente na acção apontou a degradação dos edifícios e o lixo na cidade, bem como os custos de licenças de construção e o prolongamento de estaleiros de obras em algumas zonas da cidade.

Já Manuel Salgado enumerou algumas propostas para um futuro mandato - que já tinha enumerado como autarca - como a transformação da 2.ª Circular numa alameda ou a melhoria dos transportes públicos e recordou medidas da câmara, como a reforma administrativa (que vai passar a gestão da limpeza urbana para as juntas) ou medidas para facilitar a reabilitação urbana na cidade.

Além de António Costa (PS), candidatam-se ainda à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Seara (PSD/CDS-PP/MPT), João Ferreira (CDU), João Semedo (BE), Nuno Correia da Silva (PPM/PND/PPV), Joana Miranda (PCTP/MRPP), Paulo Borges (PAN), Amândio Madaleno (PTP) e João Patrocínio (PNR).