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PSD exige que Governo esclareça valor apurado de donativos "ridiculamente baixo"

A vice-presidente do PSD Teresa Morais exigiu hoje esclarecimentos adicionais ao Governo sobre os donativos privados às vítimas dos incêndios florestais da região Centro, em Junho, considerando o valor apurado "ridiculamente baixo".

Maria Teresa da Silva Morais – Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania;
Miguel Baltazar/Negócios
05 de Setembro de 2017 às 13:53
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"A resposta é a de que foram submetidos termos de adesão de donativos de 3,2 milhões, estando concretamente transferidos 1,9 milhões. Este valor é - julgo que toda a gente anuirá - muito baixo e ridiculamente baixo, se comparado com as expectativas criadas pelos números que foram divulgados", disse a deputada social-democrata, em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, em Lisboa.

Segundo a dirigente "laranja", após questões colocadas em Julho e Agosto pelo PSD, a resposta do executivo surgiu agora, por intermédio do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

"Esse número, que circulou na opinião pública e publicada, nunca teve confirmação oficial, mas a verdade é que ouvimos números que rondavam os 13, 14 milhões [de euros]. Precisamente porque nunca foram confirmados pelo Governo e era importante saber qual o valor exacto dos donativos dos portugueses, também das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, é que perguntamos qual o exacto valor dos donativos de particulares", insistiu.

As várias frentes de fogo, que afectaram mais directamente as regiões de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos provocaram, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos.

"Cumpre ao Governo, que entendeu criar um fundo público, gerido por uma entidade pública e tutelado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, explicar cabalmente aos portugueses que valores são estes, onde estão os restantes donativos, quem os está a gerir e em que termos", desafiou Teresa Morais.

A vice-presidente do PSD considerou ainda que a discrepância apontada "revela total descoordenação e incapacidade" do Governo em gerir os donativos privados.

"O Governo entendeu que devia ser ele a gerir os donativos que os portugueses fizeram na sua expressão de solidariedade e, no entanto, responde agora que há 1,9 milhões [de euros] no fundo que para isso criou. É absolutamente imperioso que esclareça o valor dos restantes donativos e dê uma explicação acerca dessas quantias e qual o destino que lhes está a ser dado", afirmou.
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