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Portugal está pronto para voltar à carga nos investimentos "verdes" após a crise

Numa entrevista à Reuters, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse que o país estava de olho em virar o foco para a captação de investimento dedicado a energias renováveis em Portugal, assim que a atual pandemia abrandar.

Lusa
30 de Abril de 2020 às 15:38
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Quando a crise provocada pelo coronavírus terminar, Portugal vai voltar à carga nos investimentos destinados a energias "verdes" e lançar um novo leilão para licenças solares, de acordo com João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, numa entrevista à agência Reuters.

Matos Fernandes acrescenta que para além de um segundo leilão, planeia ainda criar um complexo para produzir hidrogénio que pode captar entre 4 mil e 5 mil milhões de euros de investidores privados.

O Governo já tinha confirmado que ia adiar a segunda ronda para a atribuição de licenças para produção de energia solar por tempo indefinido, devido ao atual cenário de pandemia. Este novo leilão ia ter a novidade de incluir a opção de armazenamento de energia.

Este segundo leilão terá uma capacidade solar total de 700 megawatts (MW), o que fará com que Portugal se aproxime da sua meta de 7.000 MW deste tipo de energia renovável até ao final de 2030. Até ao momento, Portugal tem uma capacidade solar instalada de 828 MW. 

À Reuters, Matos Fernandes sublinha que a "
visão pós-COVID é criar riqueza a partir de projetos de investimento que beneficiem a redução de emissões, promovam a transição energética, a mobilidade sustentável (...)" e que o Governo vai "relançar o leilão de 700 MW de solar no dia 8 de Junho", cujo concurso prevê até 16 sítios para centrais solares localizadas nas regiões do Algarve e Alentejo - ao contrário do que aconteceu no primeiro leilão, e que a distribuição das centrais foi feita por todo o país. 

O primeiro grande leilão de energia solar foi lançado em junho de 2019 e teve mais de 64 interessados, com a Iberdrola a ser a vencedora, uma vez que arrecadou sete dos 24 lotes que foram a concurso. Esta primeira ronda bateu recordes ao alcançar o preço mais baixo de sempre num dos lotes: 14,70 euros por megawatt/hora (MWh). À data, o preço no mercado grossista [Mibel] situava-se em 52 euros MWh.

A propósito do parque para o hidrogénio verde, Matos Fernandes sublinha na entrevista dada à agência de notícias que o "hub" industrial em Sines será "um dos maiores projetos industriais do país". Ao Negócios, fonte do Governo tinha adiantado que os adiamentos provocados pela covid-19 não estão a afastar o interesse das empresas neste projeto denominado "Green Flamingo".

Quanro ao concurso do Lítio, o ministro afirma que 
apesar da contestação social em torno da sua exploração no território nacional, está apenas a aguardar pela votação da nova lei das Minas, em Conselho de Ministros, para avançar com o concurso internacional de prospeção.
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