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Família Soares dos Santos aplica 55 milhões em nova fundação

A segunda fundação da família dona do Pingo Doce foi lançada esta sexta-feira, 17 de Março. A Fundação Oceano Azul tem um orçamento anual de 5,5 milhões de euros na primeira década. O Oceanário será a face mais visível de um projecto de conservação dos oceanos.

Sofia Henriques
17 de Março de 2017 às 12:03
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A Fundação Oceano Azul terá um orçamento anual de 5,5 milhões de euros nos próximos dez anos para se afirmar como "o porta-voz dos oceanos". O valor fixa assim nos 55 milhões de euros o valor de investimento na segunda fundação da família Soares dos Santos, dona dos supermercados Pingo Doce.

 

Através da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, vencedora do processo de concessão do Oceanário de Lisboa em 2015, a família investirá três milhões de euros por ano. A isto se juntam outros cerca de 2,5 milhões, adaptáveis de acordo com os lucros do referido aquário.

 

A Fundação Oceano Azul foi apresentada esta sexta-feira, 17 de Março. "Cumprimos o nosso dever e o compromisso assumido", afirmou José Soares dos Santos, que assume a presidência do conselho de curadores do novo organismo.

 

Uma das missões passa por desenvolver o conceito de "geração azul", através do envolvimento das "crianças inscritas nos primeiros ciclos de escolaridade" nas temáticas do mar e da sua conservação. A Fundação quer ainda trabalhar para o desenvolvimento da pesca sustentável e de áreas marinhas protegidas, através de acções de conservação. Foi já feito um inventário ao longo de 2016 nesse sentido.

 

"Contribuir para que a sociedade portuguesa se possa organizar e mobilizar em torno dessa agenda é contribuir para o desenvolvimento", considerou José Soares dos Santos, acrescentando que um "oceano saudável e produtivo é essencial ao desenvolvimento humano".

 

O conselho de curadores da Fundação Oceano Azul, liderado pelo próprio José Soares dos Santos, integrará Laurentien van Oranje-Nassau (princesa holandesa ligada aos temas da preservação da natureza), Jane Lubchenco (antiga presidente da agência norte-americana para os oceanos, Nuno Vieira Matias (ex-chefe do Estado-Maior da Armada), que estiveram presentes na cerimónia.

O órgão contará ainda com os conselheiros Julie Packard, directora do Monterey Bay Aquarium, e com Viriato Soromenho Marques.

 

Uma das vertentes mais notórias da Fundação Oceano Azul é a exploração do Oceanário de Lisboa. A Sociedade Francisco Manuel dos Santos venceu, em 2015, a corrida para a concessão do equipamento durante 30 anos.

 

Na altura, era referido um investimento superior a 220 milhões de euros. A primeira fatia – de 114 milhões – integrava os 24 milhões relativos a acções, os 10 milhões de contrapartida pela concessão e ainda as rendas fixas e variáveis a pagar ao longo de 30 anos. Juntou-se depois o compromisso de investir 110 milhões na investigação e educação ambiental.

 

Em 2016, o primeiro ano após a concessão completa do Oceanário, o aquário localizado na área do Parque das Nações facturou 14 milhões de euros. Nesse mesmo ano, foram registados quase 1,3 milhões de visitantes. 

(notícia em actualização)

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