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Estado já multa empresas que fingem ser amigas do ambiente
A prática de “greenwashing" (branqueamento ecológico) está a aumentar, tendo a Direção-Geral do Consumidor aberto já nove processos de contraordenação. As coimas oscilam ente os dois mil e os 90 mil euros.
Há cada vez mais empresas que se fazem passar por amigas do ambiente, uma prática que é internacionalmente conhecida por "greenwashing", que se pode traduzir como branqueamento ecológico, lavagem verde ou ecobranqueamento.
Segundo o Jornal de Notícias, a Direção-Geral do Consumidor (DGC), tutelada pelo Ministério da Economia, tem abertos nove processos de contraordenação relativos a este fenómeno, que "consiste em comunicar, através de marketing ou de publicidade, que se é sustentável ou ecológico com o intuito de atrair clientes ou de criar uma imagem ‘verde’. Quando isso pode estar longe da verdade", alerta o jornal.
"Há dois tipos de ‘greenwashing’. Um que é feito intencionalmente: a marca tem a perfeita noção de que está a propor algo que não é ambientalmente favorável, mas tenta, ainda assim, passar essa mensagem. Depois, há o que resulta de informações erradas e perspetivas diferentes", explica Susana Fonseca, da associação Zero, ao Jornal de Notícias.
O mesmo diário revela que a Deco identificou três casos de branqueamento ecológico à DGC, mas que ainda não recebeu qualquer decisão da autoridade.
As protagonistas são a Ryanair - um dos anúncios referia ser a "mais ecológica e com as emissões de carbono mais baixas na Europa"; a Renault - alegou que "os veículos elétricos poluem zero"; e a "The Good Bottle" (um dos envolvidos é a Fundação Mirpuri), quer era tida como uma garrafa "100% biodegradável".
As coimas oscilam ente os dois mil e os 90 mil euros.