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Matos Fernandes reforça que energia nuclear não deve ter estatuto de "energia limpa"

Ministro do ambiente reforça a ideia de que Portugal é contra o uso da energia nuclear por não ser considerada sustentável.

O ministro do Ambiente assegurou que não haverá aumento da eletricidade no mercado regulado em 2022.
Bruno Colaço
11 de Novembro de 2021 às 14:34
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O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reforçou a ideia de que a energia nuclear não deve pertencer à taxonomia de "energia limpa", em declarações a partir da COP26, que está a decorrer em Glasgow, na Escócia. Portugal é assim um dos quatro países que contra o uso deste tipo de energia, a par da Alemanha, Áustria e Luxemburgo.

As declarações de Matos Fernandes foram feitas um dia depois de o governante ter dito que iria enviar uma declaração conjunta com vários países, dizendo que eram contra energia nuclear, por não ser sustentável. Ontem, o ministro do Ambiente afirmou que na melhor das hipóteses, os compromissos da cimeira do clima significam um aquecimento global de 1,9 graus até 2100, ainda aquém do objetivo do Acordo de Paris para as alterações climáticas.

"Não acreditamos que antes de sábado à noite [e um dia depois do previsto para o encerramento] tenhamos conclusões seguras", considerou João Pedro Matos Fernandes em declarações aos jornalistas portugueses presentes, frisando que se as partes do acordo que estão em negociações conseguirem "de facto agarrar" o texto preliminar de conclusões que foi divulgado esta quinta-feira, os resultados da cimeira serão "da maior relevância".

Quanto ao financiamento climático, em que ainda falta cumprir a promessa de os países desenvolvidos disponibilizarem 100 mil milhões de dólares por ano, até "os últimos minutos" contarão para o resultado final, salientou, defendendo que "metade do dinheiro seja para adaptação, porque é isso que boa parte dos países para quem o dinheiro vai ser doado" precisam.

Mais do que cortar emissões, esses países precisam de "cuidar do solo, do litoral, dos rios e ribeiras, de terem condições para sofrerem menos com as consequências das alterações climáticas, para as quais boa parte deles em nada contribuiu", reforçou.
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