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Das reservas naturais às madeiras seleccionadas

Nos últimos anos, aumentou o número de empresas que associam o seu nome, o seu dinheiro e a sua actividade no terreno a acções concretas de protecção de biodiversidade. A iniciativa da presidência portuguesa da União Europeia, Business and Biodiversity...

23 de Abril de 2010 às 11:34
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Nos últimos anos, aumentou o número de empresas que associam o seu nome, o seu dinheiro e a sua actividade no terreno a acções concretas de protecção de biodiversidade. A iniciativa da presidência portuguesa da União Europeia, Business and Biodiversity, lançada em 2007, constituiu uma boa alavanca para um conjunto de iniciativas



BES Uma aposta nas reservas naturais

Na Herdade da Poupa, situada no Parque Natural do Tejo Internacional-Beira Baixa, a àguia-imperial, a cegonha-preta e a lontra são rainhas. É sobre estas três espécies que está o foco de preservação numa iniciativa apoiada pelo Banco Espírito Santo (BES) num espaço que, em 2007, foi distinguido com o prémio de melhor propriedade europeia. A Herdade da Poupa está integrada na Rede Natura 2000, que tem em vista a preservação de espécies em perigo, a reflorestação de áreas naturais e a preservação dos habitats com espécies autóctones da flora da região. O apoio do BES possibilitou já a manutenção do montado de azinho e a vegetação necessária para a alimentação das espécies da herdade.

Em Trás-os-Montes, a Reserva da Faia Brava é também palco de uma intervenção ao nível da preservação de espécies.

O projecto conta com a parceria da Associação Transumância e Natureza e envolve a gestão de habitats naturais em áreas prioritárias para a conservação da natureza. Foram, neste âmbito, adquiridas parcelas de terreno importantes para aves rupícolas, como a águia-real, a águia de Bonelli, os abutres do Egipto, o grifo e a cegonha-preta.

O azeite biológico comercializado pela reserva é uma bandeira da biodiversidade enquanto oportunidade de negócio.

O BES é também o mecenas exclusivo do Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada, do GEOTA .

Ideias Revistas



EDP Prioridade à recriação dos habitats naturais

Construir uma barragem hidroeléctrica é uma aposta no desenvolvimento, mas tem uma factura em impacto ambiental. Com a inundação de terrenos e a alteração dos caudais, as espécies migradoras de peixes são normalmente as mais afectadas, mas todo o ecossistema se ressente.

A EDP procura saldar esta factura com planos de compensação e minimização dos efeitos decorrentes das obras. No caso concreto da barragem no Baixo Sabor, em Trás-os-Montes, a empresa irá proceder à recriação dos diversos habitats que a barragem irá consumir. Isto implica a criação de áreas de protecção dos animais afectados, como os lobos, águias, cegonhas-pretas, lontras e morcegos, assim como de várias espécies vegetais, como é o caso do zimbro e do buxo.

À Barragem do Baixo Sabor, com uma potência instalada de 170 MW, são apontadas vantagens que ultrapassam a geração de energia eléctrica. Como sejam a criação de uma reserva de água de emergência no Douro, a melhoria do controlo das cheias e a redução das emissões de CO2, evitando 5% das emissões do sector energético em Portugal.

Na frente da preservação ambiental, o projecto contempla outras medidas compensatórias, como acções de investigação e recuperação, envolvendo várias espécies de fauna e flora, com monitorização prevista para o período de vida útil do aproveitamento e uma cobertura territorial que pode chegar aos 140km de raio de envolvência.

Ideias Revistas



Portucel A guardião da águia de Bonelli

Grande parte do património florestal do grupo Portucel são áreas de alto valor de conservação, como foi determinado no âmbito da parceria estabelecida com a World Wide Fund For Nature (WWF), pela diversidade, abundância, interacções entre espécies e ecossistemas e preservação de valores culturais. A Portucel é subscritora do Countdown 2010, uma iniciativa internacional desenvolvida no seio da International Union for Conservation of Nature, que visa travar a perda de biodiversidade no planeta, e adoptou a filosofia de gestão Business and Biodiversity, celebrando um protocolo com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

O grupo promove a gestão responsável de cerca de 120 mil hectares de floresta, sendo a conservação da biodiversidade um aspecto central na gestão florestal.

É neste âmbito que se insere a protecção da águia de Bonelli, ave de rapina classificada como ameaçada em território nacional. A sua protecção foi considerada "um caso exemplar a nível europeu no domínio da preservação da biodiversidade", segundo fonte oficial da empresa. Esta é uma parceria com o Centro de Estudos da Avifauna Ibérica - CEAI.

O ano de 2009 também foi marcado pelos progressos na monitorização da biodiversidade existente nas florestas do grupo, em espécies e habitats.

Ana Pimentel



ANA A grande defensora das aves

A ANA-Aeroportos de Portugal, é a empresa responsável pela gestão e desenvolvimento dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e dos Açores.

A gestão da biodiversidade no contexto aeroportuário surge associada essencialmente aos aspectos relacionados com a avifauna. Se por um lado existe uma crescente preocupação com a preservação dos habitats, não menos importante é a segurança aeronáutica e a possibilidade de eventuais colisões de pássaros com aeronaves (designadas birdstrikes), as quais podem causar graves danos materiais e humanos, incluindo a perda de vidas, bem como a morte das aves atingidas.

Além das medidas de minimização de impactos na biodiversidade que já se encontram implementadas - gestão de habitats, aplicação de técnicas de espantamento de aves e introdução de medidas de monitorização e controlo -, a ANA tem contribuído para a conservação da biodiversidade com várias acções concretas. Em Faro, por exemplo, realizou um estudo sobre colisões com aves, a avifauna local e a sua gestão, e está a realizar um segundo estudo sobre a caracterização hidrogeológica do aeroporto algarvio. No Porto, participou no programa de reflorestação com espécies autóctones de uma zona ardida na Trofa. Em Março de 2008, estabeleceu um protocolo com o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), propondo-se financiar, durante três anos, os Centros de Recuperação de Aves da Ria Formosa e da Serra da Estrela. O apoio soma 80 mil euros, divididos pelos dois centros.



altri Respeito total pela floresta

Grupos industriais com forte integração vertical, como acontece no sector da pasta e do papel com a Altri, exploram vastos espaços ambientais, não apenas na componente directamente relacionada com o negócio, neste caso as árvores e a floresta, mas em todo o ecossistema, incluindo cursos de água e espécies residentes. Uma das medidas mais eficazes de preservação do equilíbrio ambiental passa pela plantação de florestas especificamente com fins industriais, o que previne a utilização das florestas naturais com o objectivo de abastecimento de madeiras. Daí que na Altri uma das âncoras da estratégia de biodiversidade seja precisamente a selecção criteriosa da origem da madeira, com o objectivo de minimizar ou eliminar o risco de fornecimentos provenientes de fontes que violem as regras do Forest Stewardship Council.

Nas áreas sob exploração directa foram identificados espaços de alto valor de conservação e biodiversidade, bem como locais com um elevado potencial para restauro ecológico. Aqui o objectivo é implementar uma gestão sob o primado da preservação ambiental nos 10 mil hectares do património florestal gerido pela empresa associada Silvicaima.

Este compromisso materializou-se na assinatura do protocolo Business and Biodiversity entre a Altri e o Instituto para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

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