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Cimeira do Clima: Obama direcciona 28 milhões de euros para a mitigação de desastres climáticos

No segundo dia da Cimeira do Clima, os EUA comprometeram-se a reforçar o apoio aos países que já sofrem com os efeitos das alterações climáticas. O Presidente dos EUA está confiante no sucesso do acordo de Paris.

Reuters
02 de Dezembro de 2015 às 11:52
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Os Estados unidos da América vão contribuir com 30 milhões de dólares (cerca de 28 milhões de euros) para financiar seguros que visam mitigar as consequências das alterações climáticas. Esta ajuda é dirigida a países do Pacífico, da América Central e de África.

O Departamento de Estado dos EUA informou que este financiamento é parte de um programa mais amplo de acções para ajudar comunidades vulneráveis a lidar com as consequências nocivas das alterações climáticas. Sendo que o actual financiamento se destina a apoiar fundos de cobertura para desastres climáticos.

Amjad Abdulla, negociador das Maldivas que representa a Aliança das Pequenas Ilhas (AOSIS, na sigla inglesa) – cujos membros são já alvo dos efeitos das alterações climáticas, como fortes tempestades, subida das marés e erosão da zona costeira – disse que este é um "sinal de progresso" da Cimeira do Clima em Paris.

"Encorajamos agora os nossos parceiros a reconhecer a real escala do desafio que enfrentamos e que nos ajudem a lidar com o mesmo conjuntamente", acrescentou em comunicado.

O apoio dos EUA é um passo no sentido de cumprir os objectivos determinados pelos líderes do G7 este verão para aumentar para 400 milhões em 2020 o número de pessoas nos países mais vulneráveis com acesso a seguros que visem situações de risco relacionadas com o clima.

Saleemul Huq, director do Centro Internacional para a Mudança Climática e Desenvolvimento, sedeado em Dhaka, congratulou a contribuição dos EUA. "É importante notar que está aqui implícito um reconhecimento da noção de é preciso pagar pelas perdas e pela destruição, porque disso que se trata no caso dos seguros contra riscos climáticos", disse.

Cerca de 134 países em desenvolvimento desejam que resulte do Acordo de Paris um mecanismo internacional legalmente vinculativo responsável pela mitigação das consequências das alterações climáticas. No entanto, alguns países, como os EUA, opõem-se a esta ideia porque poderia ser usada para responsabilizar financeiramente os países desenvolvidos pelos impactos climáticos.

O financiamento agora anunciado pelos EUA surge na sequência da contribuição de 51 milhões de dólares para um fundo internacional para a adaptação à alterações climáticas nos países menos desenvolvidos, anunciado esta segunda-feira, 30 de Novembro, pelo país.

"Em pouco tempo vamos ter de dedicar uma parte cada vez maior dos nossos recursos económicos e militares, não a crescentes oportunidades para os nossos povos, mas à adaptação às várias consequências de um planeta em mudança", reconheceu Obama esta terça-feira, no segundo dia da Cimeira do Clima de Paris.

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