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Carros a gasóleo são piores para as alterações climáticas, diz estudo europeu

Os carros a gasóleo são piores para as alterações climáticas, não só poluindo mais como também emitindo mais gases com efeito de estufa do que os carros a gasolina, segundo um estudo divulgado esta segunda-feira.

Reuters
18 de Setembro de 2017 às 00:29
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A Federação Europeia de Transportes e Ambiente fez uma análise do ciclo de vida dos carros a gasóleo e dos carros a gasolina e comparou as emissões de dióxido de carbono (CO2). Esta análise da Federação, a que pertence a associação ambientalista portuguesa Zero, conclui que há um maior impacto climático do gasóleo.

 

Esse maior impacto deve-se ao processo de refinação deste combustível, que tem um uso mais intensivo de energia, e ainda à necessidade de utilizar mais materiais na produção de motores mais pesados e complexos.

 

Também contribui para um maior impacto climático o facto de haver emissões mais elevadas do biodiesel misturado no gasóleo.

 

Os carros a gasóleo emitem ao longo da sua vida mais 3,65 toneladas de CO2 do que um equivalente a gasolina.

 

"Esta análise desacredita a afirmação dos fabricantes de automóveis de que carros a gasóleo são necessários para atingir os seus objectivos climáticos", refere a associação Zero, parceira da Federação Europeia de Transportes e Ambiente, que realizou este estudo.

 

A Federação considera que, na Europa, o mercado automóvel "é distorcido a favor do gasóleo", nomeadamente através de regulamentos "tendenciosos e impostos injustos".

 

A quota de carros a gasóleo na Europa é de 50%, enquanto na China e nos Estados Unidos corresponde a 2% e 1%, respectivamente.

 

Dois anos depois do 'dieselgate' - com a descoberta de que alguns fabricantes de carros usavam um dispositivo para manipular as emissões de poluentes nos testes -, a Federação Europeia de Transportes e Ambiente alerta que existem "mais de 37 milhões de carros e carrinhas ilegalmente poluentes que circulam por toda a Europa".

 

"É hora de os fabricantes de automóveis assumirem a responsabilidade pela limpeza e financiamento das medidas locais para combater a crise da poluição atmosférica urbana que em grande parte causaram", argumenta a Federação.

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