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Reunião com Governo foi “decepcionante”
O Governo não revelou como pretende sair do programa de ajustamento, não referiu o que quer fazer no âmbito da reforma do Estado, nem na Segurança Social. Não falou sobre aumento de impostos. Foi apenas uma reunião de declaração de intenções. Foi desta forma que João Vieira Lopes, da CCP, resumiu a reunião.
João Vieira Lopes, líder da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP), diz que a reunião com o Governo no âmbito da 12ª avaliação da troika ao programa de ajustamento foi “decepcionante.”
“Não sabemos qual é a opção do Governo em relação ao tipo de saída, à reforma do Estado, à Segurança Social, não nos foi respondido sobre o aumento de imposto. Foi-nos dada expectativa de que a concertação social iria ter reuniões de maior regularidade”, afirmou o responsável pela CCP à saída do encontro que contou com a presença da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, os ministros da Economia, António Pires de Lima, do Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, da Agricultura, Assunção Cristas, e o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas.
Ou seja, foi uma “reunião decepcionante”, conclui o responsável numa declaração transmitida pelas estações de televisão.
João Vieira Lopes sublinhou que deixou claro ao Governo que não se preocupa com a forma como o país vai sair do programa de ajustamento, mas sim com “as consequências paras as empresas”, nomeadamente no que se refere “ao financiamento, às taxas juros, à carga fiscal”, bem como sobre a “possibilidade de haver animação da economia.”
Contudo, a reunião não passou de “declarações de intenções de vir a colocar na agenda temas, mas não passámos da área das intenções”, acrescentou.