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Passos Coelho espera que haja entendimento com PS
O primeiro-ministro reiterou a convicção de um entendimento com o maior partido da oposição porque “é importante para o futuro do País”.
“É importante que o principal partido da oposição esteja comprometido, é preciso conversar sobre compromissos importantes para o futuro do País”, sublinhou Pedro Passos Coelho à margem da cerimónia de inauguração do Complexo Logístico da Frenesius Kabi --Labesfal, em Tondela.
O líder do PS manifestou-se hoje "insatisfeito" com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), por haver "cortes cegos" a criar problemas de acessibilidade e falta de resposta a idosos que chegam "com fome" e complicações de saúde às urgências.
Quando questionado sobre as acusações do PS, o primeiro-ministro respondeu: “não é verdade que só queiramos cortar na despesa, sabemos que ainda precisamos de reduzir” mas, “temos o propósito de a médio prazo criar as condições para que a carga fiscal seja reduzida. Mas é preciso ter em conta o défice, não podemos seguir políticas contraditórias tendo esse objectivo”.
Sobre o entendimento com o PS disse ainda que “mão é uma questão de guerra política, trata-se do futuro do país. É importante sabermos pelo PS que limite é esse [sobre o limite da despesa corrente primária]. É importante uma proposta do PS, quando fixamos um valor temos que explicar como é que o atingimos”.
Pedro Passos Coelho espera “que venha a haver” um entendimento com o PS “
Porque é preciso conversar sobre compromissos importantes para o futuro do País”.
“O PS não se confundirá com o Governo se olhar para a realidade como ela é”, concluiu.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já tinha defendido, sexta-feira, que as manifestações de intenção de entendimento entre o Governo e o PS devem ser “traduzidas por trabalho concreto”.E que “o que é agora importante” é passar à prática, que seja de uma forma “mais discreta ou mais abertamente”.
O chefe do Governo já tinha manifestado a convicção, em Aveiro, que é possível, até Abril, um acordo com o PS quanto aos limites da despesa pública, o que dará tranquilidade aos mercados para obter juros baixos após a saída da troika.
No seguimento dessa manifestação de vontade, o secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou que o desafio lançado pelo primeiro-ministro para um “acordo” com o PS quanto aos limites da despesa pública demonstra que Pedro Passos Coelho está “perdido e desnorteado”.