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Governo só se compromete com as reformas até 2015

O documento "Caminho para o crescimento" contém várias reformas. Umas já implementadas, outras a decorrer e algumas que ainda terão de sair do papel. Mas o Executivo só se compromete com datas até 2015 e apela ao consenso político para o futuro.

Bruno Simão/Negócios
17 de Maio de 2014 às 14:33
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Carlos Moedas, secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, salientou que no documento apresentado este sábado, 17 de Maio, constam "algumas que tiveram consenso" político, como "o caso da reforma do IRC. E espera que noutros casos "possa haver consenso" político. "São reformas económicas que não têm qualquer ideologia", sublinhou o secretário de Estado durante a conferência de imprensa do conselho de ministros extraordinário realizado hoje, dia que marca a saída da troika.

 

Carlos Moedas explicou que, no documento apresentado, só são apresentadas datas concretas para as reformas que vão ser implementadas "dentro do mandato do Governo. Muitas medidas têm de ser para o futuro", como é o caso das alterações que visam melhorar a competitividade do país.

 

Luís Marques Guedes, ministro da Presidência, salientou que no documento "estão elencados, à semelhança do que Irlanda fez, compromissos." Contudo, o "Governo entende que deve comprometer-se" apenas com as medidas que serão implementadas durante a legislatura em vigor. Ou seja, tem atenção "o calendário político".

 

"Seria estranho estar a apresentar datas" com as quais depois pode não ter voto na matéria, caso perca as eleições legislativas de 2015. "O Governo não se pode comprometer com prazos concretos que estão para além do seu mandato", sublinhou o ministro da presidência.

 

Numa conferência de imprensa que contou com jornalistas estrangeiros, Carlos Moedas realçou as reformas já feitas e o que o Executivo conseguiu poupar em áreas como a energia, as telecomunicações e as parceiras público-privadas.

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