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Frasquilho: Troika está preocupada com a flexibilidade salarial e da economia

Chefes de missão da troika evidenciaram preocupações com a flexibilidade dos salários mas também da própria economia. E disseram que não há diferenças entre o que disse Christine Lagarde e a actuação da troika.

12 de Dezembro de 2013 às 17:10
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O responsável no PSD por assuntos orçamentais, Miguel Frasquilho, sublinhou que a troika não deu muitas pistas sobre o que pensa fazer em termos de custos de trabalho. “Não houve qualquer novidade nesse sentido, a troika referiu que o seu enfoque não era no salário mínimo”, destacou, uma declaração semelhante à que fez Subir Lall à saída da mesma reunião.

 

“Retive a mensagem que a troika está preocupada com a flexibilidade, não só salarial mas da economia como um todo”, notou. “É de uma economia mais flexível, que se possa adaptar melhor às circunstâncias que vive em cada momento que pode resultar uma maior dinamização do investimento, e também uma recuperação da economia melhor, mais robusta, como todos ambicionamos”, realçou.

 

Mas quanto a medidas em concreto que consubstanciem essa flexibilidade, a troika foi “uma vez mais evasiva”.

 

A troika também “confirmou que o fim do programa não significa o fim do processo de ajustamento”. Mas transmitiu “uma mensagem positiva quanto à possibilidade realista de que Portugal termine o programa da melhor forma possível”, e “na data prevista, em Junho de 2014”. “Isso é bom porque mostra que os sacrifícios têm valido a pena e vão valer a pena no futuro”, considerou Frasquilho.

 

FMI diz que as declarações de Lagarde foram mal interpretadas

 

O PSD abordou, na reunião, as declarações de Christine Largarde sobre os erros da austeridade. “Confrontámos a troika com uma discrepância entre as declarações dos responsáveis máximos das instituições que compõem a troika, e nomeadamente as declarações da directora do FMI, com a percepção que temos, de que no terreno o que é feito não corresponde a essas declarações”.

 

“A troika tem uma ideia diferente, transmitiu-nos a impressão de q houve uma selectividade das declarações da senhora Lagarde e que se lermos o texto por completo se verificaria que não existe discrepância”, explicou o deputado. “É a visão da troika, não é a nossa, de facto termos a percepção e dissemo-lo também que, perante estas conclusões, teria sido melhor que, tendo existido alterações ao programa no passado, elas pudessem ter sido mais adequadas”. Como teria sido útil deixar o défice nos 4,5%, exemplificou.

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