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Eurogrupo disponibiliza-se para continuar a trabalhar com Chipre

Os ministros das Finanças da Zona Euro manifestaram-se na terça-feira prontos para trabalhar com Chipre, depois de o parlamento cipriota ter rejeitado o plano de resgate que incluía uma taxa inédita sobre os depósitos bancários.

20 de Março de 2013 às 01:15
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"Confirmo que o Eurogrupo permanece pronto para assistir Chipre nos seus esforços de reforma e reitera a sua posição", conhecida na segunda-feira, de poupar os depósitos dos pequenos aforradores, afirmou o ministro das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem (na foto), num curto comunicado.

 

A declaração do Eurogrupo de segunda-feira sugere que Chipre não aplique taxas a qualquer conta com um valor inferior a cem mil euros, o mesmo montante que a União Europeia introduziu como garantia de depósitos no máximo da crise da dívida, num esforço de sossegar depositantes perturbados pelo colapso de bancos.

 

Mas continua a exigir, porém, que Nicosia encontre os 5,8 mil milhões de euros, que deviam ser conseguidos através da taxa sobre os depósitos, como contrapartida ao resgate de 10 mil milhões de euros acordado com o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

 

Dijsselbloem, que preside ao grupo dos ministros das Finanças da Zona Euro, não detalhou a forma de ajudar Chipre, mas à estação pública holandesa NOS disse que o próximo passo pertencia a Nicosia.

 

"Chipre tem alguma margem de manobra em relação a nós", disse, insistindo que o valor do resgate não podia exceder os 10 mil milhões de euros, sob pena de a dívida se tornar insustentável. Se excedesse aquele valor, "então nunca mais poderiam pagar a dívida e ficariam sem saída", disse, acrescentando: "Lamento profundamente a decisão de Chipre, mas a bola está do lado deles".

 

O ministro das Finanças alemão também já lamentou a rejeição parlamentar do plano. Durante uma entrevista televisiva a uma estação alemã, Wolfgang Schaeuble avisou contra "soluções irresponsáveis", dizendo que "a situação é séria, mas que não deve conduzir à tomada de decisões insensatas".

 

Por sua vez, o Banco Central Europeu já garantiu que vai continuar a dar apoio financeiro aos bancos cipriotas, o que permite a todas as partes ganhar algum tempo para procurar uma saída para o impasse subsequente à rejeição do resgate.

 

Os parlamentares decidiram rejeitar a proposta de resgate, por 36 votos contra, 19 abstenções e nenhum voto a favor.

 

Os serviços do presidente cipriota, Nicos Anastasiades, disseram que este "respeita totalmente" a decisão e já teve um telefonema "construtivo" com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, entre relatos de que o Chipre está à procura de financiamentos alternativos.

 

O plano original, aprovado no fim de semana, estipulava que o país ia obter 5,8 mil milhões de euros, através de uma taxa de 9,9% sobre todos os depósitos bancários acima de 100 mil euros e 6,75% em contas com montantes mais pequenos.

 

O plano causou forte contestação, o que levou o Governo a contrapropor que as contas até 20 mil euros não pagariam, mantendo-se as condições para os outros limites enunciados.

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