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Re-Feed: sustentabilidade e inovação para o setor agroindustrial

O projeto assume-se como um catalisador de mudança no setor agroindustrial, demonstrando o potencial de se alinharem negócios e preservação ambiental.

13 de Dezembro de 2024 às 10:10
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O projeto Re-Feed, vencedor na categoria Transição Energética e Neutralidade Carbónica do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, apresenta uma abordagem inovadora para enfrentar os desafios energéticos do setor agroindustrial. Desenvolvido com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Re-Feed combina soluções de eficiência energética, produção renovável e valorização de resíduos, promovendo um modelo sustentável e integrador.

Segundo Rita Fragoso, coordenadora do projeto, o ReFeed tem um impacto transversal, contribuindo para a eficiência energética, redução de emissões de carbono e valorização de coprodutos como fertilizantes orgânicos seguros. Além disso, promove a transferência de conhecimento, capacitando agricultores e indústrias a nível local, regional e nacional.


Estrutura e desenvolvimento


O Re-Feed baseia-se em três pilares fundamentais. O primeiro foca-se na realização de auditorias energéticas para melhorar a eficiência operacional e reduzir custos. O segundo desenvolve uma unidade-piloto numa exploração suinícola, integrando a produção de biogás, a partir de chorume e outros biorresíduos, com painéis solares fotovoltaicos. Por último, aposta na criação de comunidades de energia renovável, permitindo que várias explorações partilhem os benefícios do "mix" energético.

Com início em junho de 2023, o projeto está em fase de implementação de tarefas como auditorias energéticas, desenvolvimento da unidade-piloto e atividades de disseminação. Está previsto que termine em setembro de 2025, com um investimento já alocado de aproximadamente 753 mil euros.


Impacto ambiental e económico


O Re-Feed é uma proposta completa e inovadora que combina sustentabilidade ambiental e viabilidade económica. Ao evitar emissões de metano e criar fertilizantes orgânicos a partir de resíduos, o projeto contribui para a redução de gases com efeito de estufa e promove a economia circular. Em paralelo, os ganhos económicos incluem menor dependência de energia convencional, redução de custos operacionais e criação de novas oportunidades de emprego.

Além disso, a disseminação de conhecimento é uma peça-chave para garantir que a solução se expande para a comunidade. Desde o início, as atividades de capacitação têm incluído eventos setoriais, como feiras agrícolas e workshops, que visam preparar os stakeholders para adotarem este modelo. "A conquista deste prémio aumenta a visibilidade do projeto, criando sinergias que promovem a visão inovadora e potenciam os resultados esperados", afirma Rita Fragoso.


O Futuro do Re-Feed


Embora a atual prioridade seja cumprir o plano de ação definido no PRR, a coordenadora admite que novas fontes de investimento serão exploradas caso seja necessário expandir o projeto. A transferência para a comunidade já começou, com sessões de esclarecimento e workshops que continuarão em 2025.

 

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