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“Queremos ajudar as organizações a operar de forma mais sustentável”

Otimizar as organizações e tornar mais sustentáveis as suas operações faz parte do negócio da SAP. Nuno Saramago, diretor-geral da SAP em Portugal, diz que querem ser também um modelo e um exemplo.

29 de Agosto de 2024 às 11:06
Nuno Saramago, diretor-geral da SAP
Nuno Saramago, diretor-geral da SAP
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A SAP cumpriu recentemente 30 anos de presença direta em Portugal. Com uma posição de liderança no fornecimento de soluções de software para empresas, a SAP assume a sustentabilidade como parte fundamental da estratégia da empresa. Nuno Saramago, diretor-geral da SAP em Portugal, fala da forma como a SAP encara a sustentabilidade e de alguns dos projetos com mais impacto que a empresa está a desenvolver nesta área.





Como é que a SAP vê a sustentabilidade?
A SAP vê a sustentabilidade de uma forma integrada, olhando para o impacto ambiental, social e económico e gere o seu negócio fazendo essa avaliação da sustentabilidade de uma forma holística. Neste contexto, a SAP tem dois grandes vetores de atuação. O primeiro centra-se em ajudar as organizações em todo o mundo a otimizar as suas operações e a realizá-las de forma mais sustentável, nomeadamente através do desenvolvimento de uma rede de empresas inteligentes que operam, em conjunto, de uma forma orquestrada e sustentável. O segundo vetor de atuação tem a ver com a atividade própria da SAP. Nós pretendemos ser um modelo e um exemplo de uma empresa que opera e que desenvolve o seu negócio de forma sustentável.

De que forma é que a SAP procura ser um modelo e um exemplo de sustentabilidade?
A SAP estabeleceu para si própria objetivos ambiciosos de sustentabilidade. São metas que cumprimos e que são monitorizadas pelo nosso conselho de administração. Desde 2012 que desenvolvemos, publicamos, e partilhamos com todos os nossos stakeholders (parceiros, clientes, trabalhadores), um relatório integrado de sustentabilidade que avalia os diversos impactos da nossa atividade.

Este relatório permite olhar de forma holística para toda a nossa atividade. Por exemplo, em termos ambientais, avaliamos o nível de emissões de cada uma das nossas áreas de negócio em cada uma das geografias em que operamos. Do ponto de vista social, incluímos indicadores importantes como a satisfação e motivação dos colaboradores, retenção de talento, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e, inclusive, o grau de confiança que os colaboradores têm nas várias lideranças dentro da SAP.

Que exemplos nos pode dar da vossa evolução na área da sustentabilidade ambiental?
Em termos ambientais, desde 2014 que utilizamos energias 100% renováveis nos nossos centros de dados e centros de processamento. Essa utilização de energias renováveis foi alargada aos nossos parceiros e aos "hyperscalers" (grandes fornecedores de serviços cloud) com que trabalhamos, a nível global, no armazenamento dos sistemas de informação. Em Portugal, posso referir a transição da nossa frota para veículos elétricos. Hoje em dia, 85% da nossa frota são veículos plug-in ou elétricos. A partir de 2025 todos os novos veículos serão livres de emissões.

E na dimensão social como tem sido a vossa evolução?
Em termos de impacto social a SAP tem um projeto a que chamámos "One Billion Lives" (dirigido a incentivar ideias e projetos de colaboradores com impacto social e/ou ambiental), e que, desde 2022, já impactou a vida de cinco milhões de pessoas a nível global. Neste contexto, a nível global já contabilizámos mais de 117 mil horas de 20 mil voluntários da SAP que foram dedicadas a ações de voluntariado com o objetivo de contribuir para a sociedade nos vários países em que nos encontramos. Em Portugal, neste contexto, em 2023 tivemos 119 colaboradores que também optaram por dedicar uma parte do seu tempo a atividades com impacto social, quer no concelho onde temos o escritório, quer noutras áreas do país.

Que projetos pode destacar em termos de governação para a sustentabilidade?
Um projeto muito interessante nesta área é a "Value Ballancing Alliance", uma aliança que a SAP formou em 2019 com o objetivo de definir standards que permitam relacionar dados não financeiros, de impacto ambiental, social e de governação, com dados financeiros. Queremos, a partir desta aliança com diversos parceiros, ter, no nosso relatório integrado, dados não financeiros de forma articulada com os nossos dados financeiros.

Também nesta área da governação gostaria de destacar a criação do nosso Conselho de Ética para o desenvolvimento da inteligência artificial. A SAP foi das primeiras empresas europeias a criar este órgão, em 2018, com o patrocínio do nosso conselho de administração. Com esta iniciativa, procuramos assegurar que todo o desenvolvimento que fazemos em inteligência artificial, e em especial, em inteligência artificial generativa, é feito com base em princípios éticos, e com todas as precauções e possibilidades de controlo do seu impacto. Esta preocupação estende-se à utilização destas novas tecnologias nas diversas áreas e nos 26 setores em que a SAP atua e para os quais desenvolvemos soluções.

Neste momento do vosso caminho para a sustentabilidade como é que perspetivam a vossa participação na iniciativa Negócios Sustentabilidade 2030?
Para nós, é crítico fazer parte de projetos como este, que pretendem dar a conhecer à sociedade e a toda a comunidade empresarial, exemplos concretos de projetos com impacto na sustentabilidade no nosso país. Fazer parte da iniciativa Negócios Sustentabilidade 2030 é fundamental no contexto da nossa missão de promoção da sustentabilidade e da missão mais global da SAP que é ajudar o mundo a funcionar melhor e a melhorar a vida das pessoas.

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