Em 2023, a CUF prestou cuidados de saúde a mais de 1,2 milhões de portugueses, ou seja, 11% da população. Como líder na prestação de cuidados de saúde em Portugal, a empresa tem vindo a aumentar a oferta através da sua rede nacional de hospitais e clínicas, dos canais digitais e de serviços domiciliários. O que se traduziu na realização, em 2023, de 2,9 milhões de consultas, 10 milhões de exames, 43 mil teleconsultas, 64,5 mil cirurgias, 451 mil episódios de urgência e 4,3 mil partos.

Com mais de 15 mil colaboradores e quase a completar 80 anos de existência, na CUF acredita-se que é possível desenvolver a atividade de uma forma sustentável, numa perspetiva tanto ambiental, como social e de governação, que promova o desenvolvimento integral das comunidades em que se insere. A sustentabilidade e a responsabilidade social são preocupações centrais que guiam o compromisso da CUF de continuar a criar mais valor para a sociedade.

Neste contexto, como afirma Mariana Ribeiro Ferreira, diretora de Cidadania Empresarial da organização, "um dos maiores desafios que se colocam à CUF na área da sustentabilidade é a sua ambição de inspirar pelo exemplo". Num grupo com 15 mil pessoas, um grande desafio é fazer com que todos os colaboradores "sejam agentes da sustentabilidade e que tenham, na sua gestão e como parte dos seus objetivos diários e anuais, o contribuir para que a estratégia seja uma estratégia de sustentabilidade", afirma a responsável.

No entanto, o trabalho já feito nesta área permite dizer que "a CUF está já numa fase de maturidade da sua jornada para a sustentabilidade". Por exemplo, a CUF publicou já o seu exercício de dupla materialidade no Relatório Integrado de 2022, cuja importância foi reforçada com a publicação, em 2023, das normas europeias de relato de sustentabilidade. Esse trabalho permite à CUF "reportar a sua evolução, desempenho e posição em relação à sustentabilidade, além de detalhar os seus impactos ambientais e sociais e económicos", conforme se pode ler no Relatório Integrado de 2023, publicado em maio deste ano. Para Mariana Ribeiro Ferreira, este primeiro exercício de dupla materialidade foi muito importante porque se dispuseram a ouvir, com grande atenção e disponibilidade, o que os stakeholders esperam da empresa. "Quais são as expectativas de clientes e colaboradores, o que é que os parceiros locais e o regulador esperam que a CUF seja e que impacto venha a ter", conta.

Múltiplos desafios
Já no contexto da estratégia de sustentabilidade da CUF, existem "muitos desafios traçados", nota Mariana Ribeiro Ferreira. Todavia, para esta responsável é claro que "a excelência clínica e a prestação de cuidados de saúde de qualidade estarão sempre no centro da estratégia". Neste âmbito, a sustentabilidade, e sobretudo a implementação de uma gestão sustentável, irá contribuir para este objetivo central, tornando a estratégia da CUF "de excelência mais relevante e visível para todos", assegura. Por exemplo, na área ambiental, refere a diretora, "um dos motes internos é que a saúde do ambiente também passa por nós, e um dos nossos maiores desafios é levar as boas-práticas de sustentabilidade para a atividade clínica e para o bloco operatório".

Neste contexto, a responsável salienta uma iniciativa que está a ser disseminada por todos os hospitais da CUF, que "visa uma utilização mais sustentável de gases anestésicos, com menor impacto ambiental, mas mantendo a segurança e a excelência clínica, sempre com foco no doente", refere.

Dimensão social estruturante
No âmbito da dimensão social da estratégia de sustentabilidade da CUF, Mariana Ribeiro Ferreira salienta que "este é um pilar estruturante e determinante na CUF, uma empresa de pessoas para pessoas". "Somos uma grande comunidade, com consciência dos seus desafios internos", garante. Por isso, refere: "Temos uma grande preocupação com o bem-estar do colaborador, com ter boas condições de trabalho e fazer com que a CUF seja um bom local de trabalho, onde todos querem estar." Uma condição, nota, para "conseguir também atrair os melhores talentos". Esta preocupação deriva da história e do legado da empresa. "Não esquecemos as origens da CUF e o facto de o seu fundador ter tido sempre a preocupação de dar prioridade ao bem-estar dos colaboradores e à responsabilidade social da empresa", explica a diretora.

O melhor exemplo desta preocupação transposta para a atualidade é o Programa CUF Inspira, que "integra diversas medidas dirigidas ao bem-estar físico e mental dos colaboradores, e em que a saúde mental é um tema estruturante", afirma a responsável.

Conduta ética e valores
Não menos importante na estratégia global de sustentabilidade da CUF é o tema da governação e que inclui "um pilar de conduta ética nesta comunidade e que se rege por valores que são bem conhecidos dentro da nossa organização", afirma Mariana Ribeiro Ferreira.

Além do reforço contínuo da conduta ética a nível interno, "o grande desafio é levar estes valores e este código de conduta a toda a cadeia de valor, inspirando positivamente todos os fornecedores e contribuindo para ser uma organização mais transparente, mais auditável e com mais indicadores que materializam o nosso progresso". Uma evolução que serve o grande objetivo de ser uma empresa "responsável, cidadã, em que o lucro não é, seguramente, o nosso único objetivo", esclarece.

Reporte fundamental
Nas diversas vertentes, a contínua medição do impacto e da evolução da sustentabilidade da CUF é fundamental. "A medição e o reporte são fundamentais não só para garantir que estamos sempre em melhoria contínua, mas também para partilhar com todos os nossos stakeholders o resultado do trabalho, do investimento, e também das parcerias que estamos a desenvolver em todos os territórios em que estamos presentes", explica a diretora de Cidadania Empresarial. Por isso, refere, "para cada um dos compromissos da nossa política de sustentabilidade temos vários indicadores que nos permitem fazer avaliação de impacto, monitorizar se estamos no bom caminho, e definir o nível de investimento que temos de alocar em cada um dos temas". Deste modo, e a propósito da participação da CUF na Iniciativa Negócios Sustentabilidade, Mariana Ribeiro Ferreira afirma que iniciativas como esta estão "muito alinhadas" com aquele que tem sido o posicionamento do grupo nesta matéria. "É importante contar, é importante partilhar os nossos desafios e como é que os resolvemos, que obstáculos fomos encontrando", conta. Na sua opinião, esta iniciativa tem contribuído muito para que isso aconteça cada vez mais, com cada vez mais organizações. "Temos vindo a conhecer projetos e iniciativas muito inspiradoras e interessantes e temos tido também a oportunidade de contar as nossas histórias. Isso faz de nós uma empresa com mais maturidade e mais preparada para esta jornada da sustentabilidade", assegura.

Sustentabilidade como oportunidade
Para Rui Diniz, CEO da CUF, a empresa assume a sustentabilidade mais como uma oportunidade do que como um desafio. "E vemos a sustentabilidade como uma oportunidade em dois planos diferentes. Num primeiro plano, como uma oportunidade para continuar a prestar cuidados de saúde com qualidade, mas de uma forma cada vez mais sustentável e com menor impacto na comunidade e no ambiente. Quanto ao segundo plano é cada vez mais importante e no qual a CUF pode ter um papel mais central, que é na prevenção dos impactos das alterações ambientais. Ou seja na prevenção desses efeitos na saúde das pessoas e no apoio no tratamento daquilo que vierem a ser esses impactos", conclui Rui Diniz.

Este posicionamento perante a sustentabilidade, inerente à empresa desde a sua génese, permanece relevante e distintivo face ao seu setor nos dias de hoje. A divulgação dos objetivos alcançados e a alcançar, de forma clara e transparente, pretende ser também diferenciador perante o restante setor da saúde, sendo que a CUF quer ser uma referência no envolvimento de todos enquanto agentes de mudança e da transformação positiva na organização e na sociedade.