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Bondalti consegue resultados importantes na sustentabilidade ambiental

A maior empresa da indústria química portuguesa segue uma estratégia clara de sustentabilidade, com bons resultados.

02 de Dezembro de 2024 às 14:36
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A Bondalti é a empresa que sucedeu à antiga Companhia União Fabril – CUF. Mais de 120 anos depois da sua fundação, a Bondalti é atualmente a maior empresa da indústria química portuguesa. Tendo como lema  "Contribuir para um mundo melhor criando uma química inovadora e sustentável", a organização tem vindo a apresentar resultados no desenvolvimento da sua sustentabilidade num setor – a industria química – em que a sustentabilidade ambiental apresenta desafios particularmente exigentes.

Para Luís Delgado, administrador executivo da Bondalti, esta evolução positiva é o resultado de uma estratégia bem desenhada e totalmente assumida pela sua gestão. Segundo o responsável, "a empresa tem um compromisso fortíssimo com a sustentabilidade. Nós acreditamos que conseguimos fazer transformações importantes nesta área específica se houver um compromisso total da administração". "Só assim, dando o exemplo, sendo claros, e tendo uma estratégia bem definida e comunicada a toda a organização e a todos os stakeholders, é que conseguimos fazer progressos significativos nesta área da sustentabilidade", explica Luís Delgado. Neste contexto, "o compromisso com a sustentabilidade, enquanto administração da Bondalti, é total e não poderia ser de outra forma", afirma.

Resultados ambientais
A nível da sustentabilidade ambiental, a Bondalti tem resultados para mostrar. "É um trabalho que já vem sendo feito há muitos anos em função de objetivos, por exemplo, de redução de emissões, não só da produção, mas também do consumo da eletricidade. Neste último caso, o nosso objetivo é ter 100% de consumo de eletricidade de fontes renováveis até 2030", conta Joana Duarte, coordenadora de Ambiente da Bondalti. Em termos de redução de emissões de outros poluentes, que não o CO2, a Bondalti reduziu já as emissões entre 80 e 90% face a 2005. "Um resultado que foi obtido num contexto de investimentos que levaram à duplicação da nossa capacidade de produção, e que  foi conseguido pela adoção de melhores tecnologias de produção e de tratamento de afluentes gasosos", explica a coordenadora.

Redução da intensidade carbónica
Já em termos de emissões de CO2, "a intensidade carbónica, ou seja, a quantidade de CO2 emitido por tonelada de produto está cerca de 50% abaixo daquilo que era há 20 anos". Um resultado que Joana Duarte atribui "aos investimentos em integração energética, em parques solares, e na aquisição de PPA (contratos de longa duração) de energia renovável". Acresce que são tudo projetos que "têm sido feitos com base no know-how e nas equipas de desenvolvimento tecnológico da Bondalti".

Ainda na dimensão do aumento da sustentabilidade ambiental da Bondalti, a empresa tem trabalhado na redução da produção de resíduos e no consumo e gestão de efluentes. "Procuramos não só reduzir a produção de resíduos como procuramos valorizar alguns resíduos, integrando-os em outras cadeias de valor numa lógica de economia circular", refere Joana Duarte. Também no caso dos efluentes, "o objetivo é não só a redução do consumo como a reutilização dentro dos processos". A Bondalti conseguiu atingir uma taxa da reutilização de águas no processos e produção de 21% em 2023.

Dando o exemplo, sendo claros, e tendo uma estratégia bem definida e comunicada a toda a organização e a todos os stakeholders, é que conseguimos fazer progressos significativos nesta área da sustentabilidade.Luís Delgado, administrador executivo da Bondalti 

Investimentos importantes
Dentro desta lógica de aumento da sustentabilidade, a Bondalti está a realizar investimentos importantes. "Estamos a construir novos parques solares, a adquirir uma caldeira elétrica, para reduzir o consumo de gás natural e utilizar o vapor produzido da energia renovável". Uma outra novidade são "os processos de reconversão de tecnologia na produção de cloro, de forma a baixar os nossos consumos específicos", afirma.

Refira-se que a Bondalti tem vindo a registar os seus progressos na sustentabilidade ambiental desde 2018. Um processo que abrange as emissões do processo de produção, do consumo de matérias-primas, da utilização final dos seus produtos, bem como do transporte, quer das matérias-primas, quer dos produtos, abrangendo toda a cadeia de valor. "A partir das análises dos resultados que temos, a nossa intensidade carbónica tem vindo a diminuir desde 2019, muito em resultado de todos os investimentos referidos", informa a responsável.

Mais ganhos de sustentabilidade
Claro que este é um trabalho de obtenção de ganhos de sustentabilidade que vai continuar:  "Temos muito trabalho pela frente para reduzir ainda mais as nossas emissões, procurando matérias-primas alternativas ou de baixa pegada, e outros meios de transporte para as nossas mercadorias, nomeadamente que utilizem combustíveis de baixa pegada." E Joana Duarte prossegue: "Queremos influenciar a nossa cadeia de valor, não só os nossos fornecedores, como os nossos clientes, no sentido de reduzir a pegada ecológica de toda a cadeia de valor."

Um outro aspeto em que a Bondalti se orgulha de fazer um trabalho rigoroso e exaustivo é na dimensão da monitorização e do reporte de sustentabilidade. "Nós temos um programa de monitorização extremamente completo que vai acompanhando mensalmente os indicadores ambientais". Neste contexto, Joana Duarte refere que a fábrica tem analisadores que "vão recolhendo essa informação, o que permite observar todos os indicadores, desde o consumo de água, aos efluentes e respetiva qualidade, as emissões gasosas, os resíduos e respetivo destino". Estes indicadores, conta a responsável, "são levados a reuniões com a direção e com a administração para terem informação sobre o comportamento da empresa que sirva de base para a tomada de decisões de gestão e de investimento".

A nossa intensidade carbónica tem vindo a diminuir desde 2019, muito em resultados de todos os investimentos referidos.Joana Duarte, coordenadora de Ambiente da Bondalti 

Caminho longo
No entanto, para o administrador Luís Delgado, "a sustentabilidade é um caminho longo, e que será muitas vezes difícil, com o aumento da regulamentação, com diretivas cada vez mais apertadas". Por isso, refere, "é especialmente importante a partilha que fazemos, em iniciativas como o Negócios Sustentabilidade 2030, com outras organizações que estão mais a frente, ou com outro tipo de soluções, a fazer o mesmo caminho". "Queremos também contribuir com a nossa experiência, o nosso plano, as nossas pessoas, para prosseguir neste caminho longo que ainda temos de fazer para alcançar estes objetivos que são de todos", conta Luís Delgado.

Três pilares
Neste contexto, no seu mais recente Relatório Integrado, a Bondalti reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade enquanto "indústria das indústrias", em que assume cada vez mais o seu papel de "fornecedor de sustentabilidade junto dos seus clientes e parceiros, desenvolvendo uma ação em pleno alinhamento com o compromisso expresso no renovado propósito de contribuir para um mundo melhor, criando uma química inovadora e sustentável".

Por isso, a empresa afirma "uma ambição muito clara para a neutralidade carbónica e para a transição climática", reafirmando o compromisso para descarbonizar as suas operações diretas até 2030 e definir metas de redução de emissões de GEE baseadas na ciência e alinhadas com o Acordo de Paris, que permitam atingir a neutralidade carbónica até 2050. Refira-se que  a Bondalti trabalha a sustentabilidade nos três pilares que a compõem – económico, ambiental e social – "através da circularidade, da eficiência dos processos, da força das parcerias e da atuação responsável. Conceitos incontornáveis numa empresa determinada num crescimento sustentável, que promove organicamente e junto daqueles que a rodeiam", conclui.



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