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“A Silvex trabalha na sua sustentabilidade há mais de 20 anos”

Hernâni Magalhães, diretor-geral da empresa, sublinha que manter a competitividade, continuando a apostar na sustentabilidade, é um dos grandes desafios da Silvex, uma referência nacional no fabrico de sacos, películas e rolos com soluções biodegradáveis.

13 de Agosto de 2024 às 09:30
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A inventar desde 1968. Assim define a Silvex o seu ADN, virado para a inovação, e que tornou a empresa nacional numa referência no setor dos sacos de plástico e de papel, películas aderentes, rolos de alumínio e soluções biodegradáveis. Com mais de 20 anos de trabalho rumo à sustentabilidade, a empresa lançou o primeiro saco biodegradável em 2006. Para Hernâni Magalhães, diretor-geral da empresa, o principal desafio é manter a competitividade sem perder de vista a sustentabilidade.


Qual é o maior desafio que a Silvex enfrenta no domínio da sustentabilidade?

Aquele que eu considero ser o maior desafio é a manutenção do nosso investimento em sustentabilidade, seja no mercado nacional ou internacional. Porque há empresas que investem em sustentabilidade e empresas que não investem em sustentabilidade. E isto é verdade também na nossa concorrência, no mercado nacional e internacional. Nós competimos muito com fábricas na Ásia que não têm os mesmos objetivos de sustentabilidade, o que nos cria problemas de competitividade junto de alguns clientes. A sustentabilidade acaba por ser um custo e um custo que é cada vez maior para as empresas europeias. É importante que andemos todos à mesma velocidade em direção à sustentabilidade, porque senão haverá setores que perdem competitividade no mercado e isso acaba por ser um problema para as empresas que apostam na sustentabilidade.





Com este tipo de desafios pela frente, qual é o nível de compromisso que é preciso ter para avançar na sustentabilidade?

compromisso tem de ser muito grande e tem de incluir o compromisso do conselho de administração. Isto para qualquer empresa. Se não existir esse compromisso não é possível implementar uma politica consistente de sustentabilidade e as empresas ficam-se, normalmente, por umas medidas de fachada. A sustentabilidade não são modas, não são buzzwords. A Silvex trabalha na sua sustentabilidade há mais de 20 anos. Temos um caminho feito que só é possível com o envolvimento de toda a empresa. Se as pessoas que gerem e dirigem a empresa não estão envolvidas e comprometidas com a sustentabilidade é muito difícil atingir as metas.


Que projetos têm em curso para atingir os vossos objetivos de sustentabilidade?

Nós temos muitos projetos a decorrer ao mesmo tempo, porque estamos a trabalhar em praticamente todos os objetivos de sustentabilidade. Os principais projetos estão na área da energia, onde estamos a apostar muito na produção de energia renovável e nos painéis fotovoltaicos, e na reciclagem de materiais, onde estamos a dar aos nossos clientes soluções para os resíduos plásticos e a apostar na economia circular. Estes são os nossos dois eixos principais de ação. Depois temos muitos projetos mais pequenos á volta das três dimensões do ESG: ambiental, social e governança.




O maior desafio é a manutenção do nosso investimento em sustentabilidade.


Estamos a apostar muito na produção de energia renovável e nos painéis fotovoltaicos.


HERNÂNI MAGALHÃES, diretor-geral da Silvex





Qual é o vosso principal projeto na área da sustentabilidade para este ano?

Em 2024, o nosso principal projeto, dirigido a aumentar a sustentabilidade da Silvex, é o aumento da capacidade de produção de energia renovável, onde vamos duplicar o nosso parque de painéis fotovoltaicos. Noutra área estamos a desenvolver projetos para aumentar a percentagem de material reciclado nos nossos produtos. Estamos também a desenvolver projetos de economia circular com os nossos clientes.


Que significado tem a vossa participação na iniciativa Negócios Sustentabilidade 2030 no âmbito da vossa politica de sustentabilidade?

Esta iniciativa é bastante importante porque, para além de premiar as boas práticas, é uma oportunidade para dar notoriedade a este tema e para cada empresa mostrar o que está a fazer bem. Creio que a divulgação destes exemplos positivos incentiva outras empresas a seguir este caminho. É importante que haja constantemente debates, notícias, iniciativas e conferências sobre este tema para lhe dar a relevância que merece. A partilha de informação e a partilha de bons exemplos faz parte do caminho para a mudança rumo a sustentabilidade.

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