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"Impacto das alterações climáticas nas empresas pede soluções inovadoras"

As empresas devem transformar os modelos de negócios para responder aos riscos associados às alterações climáticas e à questão mais geral da sustentabilidade.

08 de Julho de 2024 às 11:49
Carlos Freire, CEO da AON Portugal
Carlos Freire, CEO da AON Portugal
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Para Carlos Freire, CEO da AON Portugal, os riscos associados às alterações climáticas e outras questões ligadas à sustentabilidade social e à governação são já de tal ordem que não podem ser ignorados e pedem soluções inovadoras. A AON, líder no mercado nacional em serviços de gestão de riscos, resseguros, capital humano, benefícios e consultadoria, aplica as metodologias e soluções que propõe aos clientes, sempre com a filosofia de que melhor informação permite melhores decisões.





Na perspetiva da AON, quais são os principais desafios colocados pela necessidade de as empresas alcançarem maior sustentabilidade?
A sustentabilidade apresenta desafios importantes numa perspetiva global, que têm a ver não só com a componente climática, mas também com as componentes social e de governação. São desafios que não se colocam apenas à AON. Por via daquilo que é o nosso negócio e dos serviços que prestamos, nós sabemos que o impacto das alterações climáticas vai ser muito significativo e ajudamos os nossos clientes a tomar melhores decisões na gestão do seu impacto no seu negócio e nas suas pessoas. Um relatório da AON estimou que, em 2023, as catástrofes naturais a nível global provocaram 380 mil milhões de dólares de prejuízos. São factos de grande relevância, que não podem ser ignorados e que pedem soluções inovadoras.

 

E internamente, de que forma estão a responder aos desafios da sustentabilidade?
Naturalmente, também internamente estamos a trabalhar nas três dimensões da sustentabilidade. Na componente ambiental, temos como objetivo chegar à neutralidade carbónica em 2030, e em Portugal estamos a desenvolver projetos que contribuem para alcançar este objetivo corporativo. Neste contexto, é importante o desenvolvimento do que chamamos smart working, que permite a diminuição do consumo de energia, a redução dos espaços e a otimização da nossa forma de trabalhar. Essa preocupação de sustentabilidade está também presente na escolha dos nossos fornecedores e no trabalho com a nossa cadeia de fornecimento, no chamado "scopefree". Naturalmente também usamos, na nossa empresa, o nosso conhecimento na modulação dos riscos climáticos, que também utilizamos para ajudar os nossos clientes a gerir e a mitigar estes impactos na sua atividade.

 

Neste contexto mais geral, como é que encaram a sustentabilidade social?
No que diz respeito à componente social da sustentabilidade, existem duas dimensões a que damos particular importância: o bem-estar dos colaboradores, e a sua diversidade e inclusão. Estes são dois aspetos profundamente relacionados com as políticas de governação da empresa. Nesta dimensão social, mais uma vez, aplicámos o nosso conhecimento para construir um Human Sustainability Index, que nos permite a medição dos níveis de bem-estar dos colaboradores ao longo do tempo. Refira-se que esta é uma medição que fazemos periodicamente na empresa, o que nos permite um acompanhamento mais próximo desta dimensão, e mesmo a intervenção atempada em casos concretos. Aliás esta é uma ferramenta que utilizamos com os nossos clientes. Em Portugal, os serviços na área das pessoas são uma das nossas ofertas mais desenvolvidas.

"Um relatório da AON estimou que, em 2023, as catástrofes naturais a nível global provocaram 380 mil milhões de dólares em prejuízos." Carlos Freire, CEO da AON Portugal

Em ligação com a sustentabilidade social referiu as questões da governação. Qual tem sido a evolução da AON nesta dimensão da sustentabilidade?
Relativamente ao eixo da governação, ou modelo de governo, este tem sido um eixo fundamental da nossa ação, que procura desenvolver e disponibilizar a todos os nossos stakeholders todos os indicadores relevantes sobre a sustentabilidade da nossa atividade. Um exemplo é a avaliação que fazemos de riscos cibernéticos, que é um fator cada vez mais importante, também em termos de medição de impacto. Mais uma vez, este é um conhecimento e uma ferramenta que utilizamos com os nossos clientes, e em que podemos mostrar os benefícios de utilizar este tipo de informação que também produzimos.

 

Neste contexto de desenvolvimento da sustentabilidade, associaram-se ao Prémio Nacional de Sustentabilidade. Qual foi o objetivo?
Esta é uma iniciativa muito relevante para nós. Porque, parafraseando a assinatura de marca da AON: nós queremos ter melhor informação para tomar melhores decisões. E esta é uma iniciativa que divulga e melhora a compreensão da sustentabilidade no nosso tecido empresarial e onde podemos aprender com as boas-práticas das empresas que estão mais empenhadas na sustentabilidade.

 

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