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Universidades portuguesas adaptam-se ao mercado de trabalho

O objetivo final é garantir que os alunos estão bem preparados para enfrentar os desafios profissionais.

09 de Julho de 2024 às 11:52
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Nos últimos anos, as universidades têm enfrentado o desafio de adaptar os seus currículos e métodos de ensino às necessidades em constante evolução do mercado de trabalho, garantindo que os seus alunos estão prontos para enfrentar o mundo profissional.

 

As universidades estão a adaptar a sua oferta formativa às competências mais procuradas pelas empresas, procurando tornar o ensino superior mais próximo da realidade do mercado de trabalho. Isto é importante para garantir que não haja um excesso de diplomados em áreas sem emprego e para responder à escassez de talento em determinados setores.

João Duque, presidente do ISEG, explica que o acompanhamento das mudanças é feito através da revisão contínua dos currículos dos cursos, da implementação de programas de aprendizagem prática e estágios, e da criação de parcerias com empresas e instituições internacionais. "Na área da formação executiva, estamos continuamente empenhados em desenvolver programas que combinam teoria e prática, com forte ênfase em competências digitais e transversais", exemplifica o responsável.

Iniciativas de formação customizada e curta duração

Além disso, há também um enfoque na expansão da oferta de cursos de curta duração e formação customizada para atender à necessidade de formação contínua. João Duque diz que no ISEG se procura aproximar as empresas e a procura em geral aos coordenadores dos cursos, seja através de conselhos consultivos e da permanente auscultação das suas necessidades, seja usando as ferramentas de investigação de marketing, como qualquer outra empresa. "Fazemos o que ensinamos", assume o docente.

Por sua vez, Helena Correia, diretora adjunta para as licenciaturas da Católica Porto Business School, reconhece a crescente relevância do domínio de competências digitais no atual mercado de trabalho. Em 2023/24, a Católica Porto Business School passou a incluir na sua oferta formativa um conjunto de disciplinas na área das tecnologias de informação com as quais pretende satisfazer as necessidades detetadas nas auscultações anuais que realiza junto dos principais empregadores dos seus licenciados.

Também os desafios colocados pelo desenvolvimento da inteligência artificial e da necessidade crescente de sensibilização e formação ao nível da sustentabilidade têm determinado uma adaptação não só de conteúdos programáticos, mas também das abordagens ao processo de ensino-aprendizagem. "A Católica Porto Business School tem feito um investimento crescente na inovação de práticas pedagógicas, através da aplicação de metodologias como project-based learning e aprendizagem-serviço na oferta de várias disciplinas", refere Helena Correia. Desta forma, a responsável admite que se procura melhorar a experiência do aluno para que "tenha uma forte vertente aplicada, evidenciando o seu papel transformador das empresas e sociedade".

Fortalecer a integração no mercado de trabalho

Ao longo dos anos, o ISCSP tem demonstrado uma capacidade notável de adaptação às mudanças no mercado de trabalho. Um exemplo disso é a reorganização dos horários, com uma distribuição semanal de quatro dias e uma carga letiva diária de 4,5 horas. Esta abordagem permite uma maior conciliação entre trabalho e família, além de facilitar a realização de estágios durante a formação académica. "Estamos a dar oportunidade aos nossos estudantes para se darem a conhecer mais cedo ao mercado de trabalho e a fomentar ligações que serão muito úteis após a conclusão da licenciatura", afirma Ana Paula Ferreira, vice-presidente do ISCSP para a área académica.

 

Paralelamente à atualização permanente da oferta formativa com vista a responder de forma inovadora à constante evolução do mercado do trabalho, a Universidade Portucalense tem dado particular atenção à implementação de metodologias de ensino e de aprendizagem atuais e motivadoras, como é o caso da educação a distância ou dos modelos híbridos, capazes de proporcionar formas mais abrangentes e inclusivas de organização da oferta formativa. Estas metodologias têm vindo a fazer o seu caminho quer no domínio da teoria quer, principalmente, no terreno concreto das práticas pedagógicas, e têm vindo a conquistar um espaço no panorama do ensino superior. A este respeito, os responsáveis da universidade destacam o papel muito relevante, pela "flexibilidade temporal e espacial que permitem", destas metodologias no suporte a programas de formação executiva, quer em formatos tradicionais quer em formatos inovadores, alguns dos quais ainda em fase de exploração como é o caso das microcredenciais.

 

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