Existem diversas variáveis que influenciam a escolha do estabelecimento de ensino superior pelos estudantes, destacando-se a reputação do curso e da instituição de ensino, a expectativa de sucesso profissional que a conclusão de um determinado curso, eventualmente frequentado num dado estabelecimento de ensino, permite alcançar, ou a proximidade deste em relação à morada de familiares, que influencia o custo total que as famílias têm com a formação dos seus filhos.
Quando se escolhe o curso e o estabelecimento de ensino, João Duque, presidente do ISEG, recomenda que se olhe desde logo para a qualidade e a reputação do curso, as oportunidades de estágio e empregabilidade que este proporciona, as instalações e recursos disponíveis, a localização, as possibilidades de internacionalização e mobilidade, e o acompanhamento académico e extracurricular oferecido pela instituição, em particular a preparação em soft skills.
Passa-palavra positivo
No caso da Universidade Portucalense, os alunos devem valorizar de forma muito clara a relação de proximidade com o corpo docente, reconhecendo em cada professor não apenas um profissional de qualidade, mas principalmente alguém que os acompanha no seu percurso, apoiando o estudante nas dificuldades e desafios e estimulando o pensamento crítico. Por este motivo, "o passa-palavra positivo de ex-alunos tem uma fortíssima influência no momento da opção pela Universidade Portucalense", afirmam os responsáveis deste estabelecimento de ensino superior.
De acordo com Helena Correia, diretora-adjunta para as licenciaturas da Católica Porto Business School, qualquer investimento em formação é valorizado pelo mercado, devendo as opções tomadas pelos estudantes resultar de uma reflexão consciente das suas apetências e orientações vocacionais, que venham a traduzir-se em futuros profissionais realizados e felizes nas funções que exercem. De acordo com a docente, a frequência de uma licenciatura pode ser encarada de duas perspetivas: licenciaturas de banda larga, que estabelecem a base para uma especialização ao nível do mestrado, possibilitando aos alunos a convergência da sua formação futura para áreas particulares de interesse; licenciaturas de âmbito específico, que permitem aos alunos convergir mais cedo para áreas de interesse e, eventualmente, aceder mais rapidamente ao mercado de trabalho, embora tenham maiores limitações no tipo de funções a que permitem aceder. "A instituição de ensino que confere o grau atesta a qualidade e a excelência da formação com que o jovem licenciado se apresenta quer ao mercado de trabalho, quer na continuidade dos seus estudos graduados", refere Helena Correia.
Escolher e confiar
Com um modelo de ensino que dá prioridade à aproximação ao mercado de trabalho antes da conclusão da licenciatura, através de uma forte cooperação universidade-empresa, esta responsável considera que a escola põe os alunos numa posição de vantagem para o início da sua vida profissional. "A nossa business school alinha a sua atividade de formação com a sua missão – preparar profissionais para os negócios globais com um grande foco no empreendedorismo, na sustentabilidade e no respeito pelas pessoas, antecipando as necessidades futuras das organizações e promovendo o desenvolvimento científico e o conhecimento aplicado", conclui a diretora-adjunta para as licenciaturas da Católica Porto Business School.
Por sua vez, Ana Paula Ferreira, vice-presidente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), recomenda que o candidato reflita sobre as suas áreas de interesse, pesquise as escolas onde pode frequentar essas áreas e consulte os respetivos planos de estudos. "Reunidas as informações deve confiar plenamente na opção que tomou e abraçar o desafio", afirma o responsável.
Universidade vs. politécnico
A opção nacional por um sistema binário de ensino superior, com instituições universitárias e instituições politécnicas, baseia-se no princípio de que existem necessidades muito diferenciadas no que respeita à formação pós-secundária. Assim sendo, as instituições politécnicas devem focar-se em formações de natureza mais prática, mais próximas do exercício de profissões de natureza mais técnica, enquanto o ensino universitário deve ser orientado para uma formação científica mais avançada, em que a investigação deve ser o principal motor dos processos de ensino e aprendizagem. Na realidade, além dos diferentes perfis de ensino, a opção dos estudantes acaba por ser feita em função de fatores muito diversos, entre os quais sobressai a equação financeira relacionada com a frequência de um dado curso numa dada instituição.
João Duque, presidente do ISEG, é da opinião que nos últimos anos tem havido uma aproximação do ensino politécnico ao modelo que é mais utilizado nas universidades e que a decisão entre universidade e politécnico deve alicerçar-se nos objetivos de carreira e interesses de cada um. "Os politécnicos geralmente oferecem uma formação mais prática e orientada para o mercado de trabalho, enquanto as universidades tendem a proporcionar uma formação mais sólida em termos teóricos e com a possibilidade de enveredar pela carreira da investigação", resume o docente.
A referida distinção conceptual entre universidades e politécnicos não dispensa, porém, as universidades de uma ligação próxima com o contexto social e económico em que estão inseridas. É o que se passa na Universidade Portucalense, onde os responsáveis destacam a existência de estágios obrigatórios em quase todas as licenciaturas e em alguns mestrados, e a promoção da realização de investigação aplicada ao nível dos mestrados e doutoramentos. "O programa doutoral em Ciências Empresariais, no qual adotamos um modelo de tipo Industrial PhD especialmente desenhado para dar enquadramento à investigação centrada nas empresas é um exemplo desta abordagem", sublinham.