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Victor Vidal: “Nunca deixamos de pisar o terreno da infância”

Foi depois de visitar a casa onde Anne Frank se escondeu com a família durante a Segunda Guerra Mundial que Victor Vidal começou a escrever “Não Há Pássaros Aqui”, o livro que valeu ao autor brasileiro o Prémio Leya 2023. “O anexo secreto de Anne Frank é talvez o esconderijo mais famoso que existe, e eu fiquei a pensar nesses lugares e em como a vida às vezes nos empurra para a necessidade de nos escondermos”.
Lúcia Crespo e Pedro Catarino - Fotografia 30 de Agosto de 2024 às 11:00

Há cerca de quatro anos, o escritor brasileiro Victor Vidal visitou a casa onde Anne Frank se escondeu durante a Segunda Guerra Mundial. O vazio do espaço inquietou o autor. E muitas perguntas foram surgindo depois. O que teria acontecido à adolescente judia se tivesse sobrevivido, como carregaria as suas memórias de infância? Foi a partir destas e de outras inquietações que Victor começou a escrever o romance "Não Há Pássaros Aqui", vencedor do Prémio Leya 2023. O livro reflete sobre o modo como aquilo que vivemos na infância marca a vida adulta e como tendemos a reproduzir comportamentos, mesmo quando os condenamos. Fala sobre relações entre pais e filhos, sobre traumas e esconderijos. Victor mora no Rio de Janeiro. Diz que se habituou à insegurança da cidade. "Sei que é horrível dizer isto, mas acho que normalizei o medo". Apesar de tudo, há no Brasil um clima político mais respirável, garante. A polarização da sociedade continua a existir, "mas agora as nossas conversas estão sempre cheias de esperança".


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