Notícia
Três momentos para embarcar na bienal BoCA
Enquanto as principais salas de espetáculo preparam a “rentrée”, a bienal de arte contemporânea BoCA está de regresso à capital, sob o lema “Prove You Are Human”. Aqui ficam três sugestões para este fim de semana.
O Barco
Se um passeio à beira do Tejo está nos planos para este fim de semana, então não deixe de passar pela Praça do Carvão, junto ao MAAT. É aí que vai encontrar uma instalação com 140 blocos de madeira, que formam a silhueta de um barco. A criação é de Grada Kilomba, para evocar os corpos de milhões de escravos africanos escravizados pelos impérios europeus. No Tejo, que é pano de fundo, Portugal tem também a sua parte nestas histórias.
A Tralha
Nesta edição, a BoCA quer explorar o território fora da zona de conforto: daí o convite à rapper Capicua, que se estreia na escrita para teatro. O resultado pode ser visto este fim de semana no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, com um monólogo sobre a acumulação, para pensar na nossa relação com o mundo através dos objetos. A interpretação cabe a Tiago Barbosa.
The New Sun
O sol tem cerca de 4,6 mil milhões de anos. Com ele, tornou-se possível a vida na terra e, consequentemente, as rochas que constituem o espólio do Museu Geológico de Lisboa. A partir deste fim de semana, há mais um motivo para se dirigir a este espaço: um sol criado pela artista polaca Agnieszka Polska, naquela que é a sua estreia em Portugal. Enquanto personagem de uma instalação vídeo, este sol questiona diretamente o público sobre a crise ecológica e as catástrofes ambientais e humanitárias que dela resultam.