Notícia
Solidão e anti-solidão
Viajámos num Citroën boca de sapo. E vejam, o Citroën segue, fulgurante, pela estrada despedaçada, pontes caídas, grandes crateras a roubarem o alcatrão.
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Trubin, guarda-redes do Benfica, era o rosto da solidão. No meio da baliza, no Estádio de Leiria, uma fulgurante solidão vestida de amarelo chupava, como um buraco negro, toda a vida em redor, adeptos, bancadas, jogadores, mesmo o mais invisível dos apanha-bolas.
A solidão de Trubin era, por obra e graça de Jorge Luis Borges, poeta argentino cego, tão abominável como abomináveis são espelhos e cópulas ao reproduzirem