Notícia
Relógios: A feira das verdades
Na Baselworld deste ano debateu-se o futuro da indústria. Mas também se apresentaram muitas novidades que vão marcar os próximos meses.
O presidente dos expositores, Eric Bertrand, está confiante nas "bases sólidas" dos que trabalharam correctamente, algo que se nota no optimismo de muitas marcas. Algumas estão desejosas de integrar as evoluções tecnológicas e comerciais, dos relógios conectados às vendas na Internet. Nos corredores, discute-se, no entanto, uma questão fulcral: que actividades serão possíveis manter dentro da Suíça face aos custos de produção? Será que as regras de alta percentagem de incorporação de produto suíço são passíveis de permanecer num mundo competitivo como este?
Sobram por isso as novidades. E foram muitas, como iremos dar contas ao longo das próximas semanas. Basta olhar para a edição limitada do Omega Speedmaster 60th Anniversary, para o belo Breitling Navitimer Rattrapante, para o clássico e atraente Longines Flagship Heritage 60th Anniversary, para o envolvente Tissot Excellence, para o sóbrio Senator Excellence Perpetual Calendar da Glashutte, para o requinte do Automata Loving Butterfly Automaton da Jaquet Droz ou para a notável Marine Collection da Breguet.
Nota-se uma aposta forte em modelos que transmitem a herança e a qualidade da alta relojoaria, embora nem todas as marcas estejam alinhadas nas estratégias sobre os preços (deve apostar-se em modelos mais baratos ou manter o nível?). O instável contexto económico é, assim, um factor que poderá determinar as respostas para as muitas questões colocadas sobre a mesa. Há sinais de alguma retoma nas vendas dos últimos três meses de 2016, com franco crescimento na zona Ásia-Pacífico e na Grã-Bretanha (muitos esperavam agora para ver o que se passará depois do atentado de Wesminster). Ou seja, os tempos não cabem numa bola de cristal.
O grupo Swatch (que tem marcas como a Omega ou a Tissot) pareceu muito confiante nos resultados em 2017. Há claramente opções: há mais relógios nas gamas de preços mais baixos e mais relógios para o público feminino, cruzando-os com a área da joalharia. Resta agora saber como se comportarão os consumidores.
Nas estrelas
Sabe-se o poder de fascínio do Omega Speedmaster. Afinal, foi o primeiro relógio alguma vez utilizado na lua, tornando-se um símbolo perfeito do sonho e da realidade. Passa agora 60 anos do seu lançamento e, por isso, a Omega decidiu apresentar uma série de modelos que comemoram a data. Desde logo com o Speedmaster 38 mm, designado "Cappuccino", uma das peças da colecção para homem e senhora. A sua caixa é em aço inoxidável e ouro Sedn 18K, enquanto a bracelete é apresenta em pele cinza-castanho. O fundo de caixa foi gravado com o icónico medalhão com o cavalo marinho do Speedmaster e, no interior, o relógio é alimentado pelo Calibre 3330 da Omega, complementado com tecnologia Co-Axial e uma espiral de silício. Surge também o Speedmaster Racing, com o seu estilo distinto preservado em aço inoxidável. A ligação à herança de corrida motorizada do Speedmaster regressa num mostrador em preto mate. Outras características notáveis do mostrador incluem as marcações laranja e os índices com corte em seta em ouro branco de 18K preenchidos com Super-Luminova branca. Em redor do pulso, é apresentada uma bracelete em pele preta que contém uma camada de borracha laranja no meio. Foi utilizada uma ferramenta especial para produzir micro perfurações na bracelete e revelar a borracha laranja interior. Este design perfurado oferece a aparência desportiva perfeita e tem também a vantagem de arejar a pele do utilizador. O Speedmaster Racing é o mais recente modelo Speedmaster com a certificação Master Chronometer. Alimentado pelo calibre 9900, o relógio e o seu movimento alcançaram o padrão de precisão, desempenho e resistência magnética mais elevado da indústria suíça, aprovado pelo Instituto Suíço de Metrologia (METAS).