Notícia
Os acontecimentos internacionais do ano
A política esteve em destaque em 2018. Populismo, reivindicações e a guerra comercial são apenas alguns dos eventos mais marcantes.
Jair Bolsonaro
O populismo foi um dos grandes marcos deste ano e o Negócios elegeu-o como o acontecimento internacional de 2018. O Brasil e a vitória de Jair Bolsonaro são um espelho desta nova realidade.
Coletes amarelos
A insurreição dos coletes amarelos contra o "status quo" em França fez tremer as instituições gaulesas e abalou o Presidente francês. A pretexto de um aumento do imposto sobre combustíveis (já cancelado), este movimento inorgânico rapidamente alargou o protesto contra a degradação da qualidade de vida e a asfixia dos impostos face a salários estagnados. Depois da dureza inicial, Macron cedeu, pediu desculpa e avançou com uma série de medidas para calar as manifestações violentas.
Brexit na corda bamba
A saída britânica da União Europeia está prevista para 29 de Março de 2019. Contudo, já nada é certo quanto ao processo. A primeira-ministra, Theresa May, não tem apoio interno para ratificar o acordo fechado com Bruxelas. Isto significa que poderá haver um Brexit desordenado, adiado ou até cancelado.
Atenção à privacidade
O regulamento europeu de protecção de dados entrou em vigor em 2018, ano em que o mundo se viu confrontado com a utilização de dados pessoais do Facebook para acções políticas. E fugas de dados privados aconteceram com outras empresas.
Guerra comercial
A disputa comercial prometida por Donald Trump chegou ao terreno em 2018. Trump renegociou a NAFTA, aplicou tarifas reforçadas à importação de aço e alumínio da UE e outros países, e prossegue a contenda com a China.
Espanha muda governo
Após várias tentativas, Pedro Sánchez (PSOE) chegou ao poder depois de promover uma inesperada moção de censura ao governo de Mariano Rajoy (PP). A governação de Sánchez depende da esquerda radical e de nacionalistas.
Eleições em Itália
As legislativas mudaram a relação de forças à direita, agora dominada pela Liga, e arrasaram com o centro-esquerda (PD). Também confirmaram a ascensão do 5 Estrelas. Acabou por ser formado um inédito governo de forças populistas.
Encontro de Trump com Kim Jong-Un
A cimeira EUA-Coreia do Norte teve mais de expectativas e mediatismo do que resultados. Pyongyang comprometeu-se a cessar o programa de desenvolvimento nuclear, mas os sinais são ambíguos.
Caravanas de migrantes da América Central
A política de tolerância zero de Trump gerou uma onda de protestos quando muitas crianças começaram a ser separadas das famílias na fronteira dos EUA. Esta semana, uma menina guatemalteca morreu desidratada.
Caos na Venezuela
A crise social e económica na Venezuela ficou descontrolada e Nicolás Maduro admitiu a existência de uma crise humanitária. Caracas já aceitou receber mais de oito milhões de euros da ONU para combater a fome e prevenir doenças.
Guerra civil no Iémen
É considerada a pior crise humanitária do mundo. Quatro anos de guerra civil no Iémen, que opõe os rebeldes Huthis, ajudados pelo Irão, às forças pró-governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita, deixaram o país no caos.
Erdogan reforça poder
A vitória nas eleições presidenciais e legislativas reforçou os poderes do presidente Erdogan. Graças à reforma constitucional aprovada em referendo em 2017, o homem que comanda a Turquia conseguiu um poder quase absoluto.
Fim da era Castro
Depois de seis décadas de poder dos irmãos Fidel e Raúl Castro, Cuba nomeou, a 19 de Abril, como novo Presidente do Conselho de Estado, Miguel Díaz-Canel, o primeiro líder nascido após a revolução de 1959 a atingir tal posto.
Resgate na Tailândia
Um resgate que o mundo não vai esquecer. Após três dias de operações, as 12 crianças e o treinador da equipa de futebol foram salvos da gruta Tham Luang, no norte da Tailândia. Permaneceram soterrados durante 17 dias.
Incêncios na Califórnia
Apontado como o mais mortífero e destruidor da história da Califórnia, o incêndio no condado de Butte, baptizado de "Camp Fire", queimou mais de 60 mil hectares e destruiu a cidade de Paradise, causando mais de 80 mortos.