A junção dos negócios de telecomunicações com os de media foi abortada em Portugal - com a Altice a retirar a sua proposta de compra sobre a TVI -, mas nos Estados Unidos da América está ao rubro. Depois de alguns revés, a AT&T conseguiu autorização para comprar a Time Warner, juntando líderes no entretenimento como a Warner Brothers, HBO e Turner com o gigante das telecomunicações AT&T. Após esta concretização, as peças do xadrez começaram a movimentar-se. A Comcast ficou com a Sky e a Disney com a Fox. Os negócios foram difíceis, com ofertas revistas de todas as partes. Falta ainda alguma luz verde dos reguladores, mas os processos já seguem os seus caminhos. A Disney propôs-se desembolsar mais de 70 mil milhões pelos activos da Fox no ano em que o "seu" rato Mickey soprou 90 velas; a Comcast chegou-se à frente com quase 40 mil milhões de dólares para ficar com a Sky. Negócios milionários para juntar redes e conteúdos.

A brasileira Embraer vai criar com a americana Boeing uma nova empresa de aviação comercial no Brasil, num negócio avaliado nos 5,2 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros). Falta ainda a aprovação do Governo brasileiro, reguladores e accionistas.

A Alemanha deu o mote para o que pode vir a ser o futuro das fusões e aquisições na energia: a compra de renováveis. A EON avançou, com um negócio de 60 mil milhões de euros, para comprar a Innogy, produtora de energia renovável da RWE, nascendo a terceira maior empresa de renováveis na Europa.

Foi a maior aquisição de sempre da IBM. Avançou com uma oferta pública de aquisição sobre a Red Hat, numa operação avaliada em 34 mil milhões de dólares (incluindo dívida). Uma tentativa da IBM de inverter o ciclo de descida de receitas, com a aposta numa empresa especialista no sistema operativo Linux.

A compra da Monsanto pela Bayer arrastou-se. Reservas regulatórias e accionistas foram adiando o negócio até que se concretizou por 66 mil milhões de dólares. A Bayer tornou-se a maior empresa agroquímica. Agora tem de responder por milionários processos contra a Monsanto, multada em 300 milhões de dólares.

Na terceira tentativa de união entre a T-Mobile e a Sprint, houve finalmente acordo num negócio de 26 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros) para unir a terceira e a quarta maior empresa de telecomunicações móveis dos Estados Unidos. É uma empresa com 127 milhões de clientes.