Notícia
Jericoacoara: O cantinho (quase) intocado do Brasil
Esta vila do nordeste brasileiro é propícia a momentos de paz. As ruas são de areia, a mesma que enche a “duna do pôr-do-sol”, local que serve de ponto de encontro entre locais e turistas quando o dia se despede. Religiosamente.
30 de Abril de 2017 às 16:00
Sim, há um local no Brasil, esse imenso e turístico país, que permanece quase intocado. Não quer dizer que não receba muitos visitantes por ano. Recebe, e a maioria são estrangeiros, mas os difíceis acessos e a vontade enorme do Governo em manter Jericoacoara parada no tempo faz com que "aterremos" literalmente num paraíso, onde a paisagem pede uma desaceleração constante em dias passados na praia, a dormitar numa rede ou a passear na areia de que são feitas as ruas da vila.
Jeri, como é carinhosamente conhecida entre os locais, é uma vila pequena mas com charme. O facto de as avenidas (chamemos-lhe assim…) não serem alcatroadas dá-lhe toda uma magia e um encanto difíceis de encontrar noutro sítio do Brasil. O melhor mesmo é apostar nos chinelos de praia e deixar-se contagiar pelo espírito peculiar de uma localidade onde não faltam restaurantes acolhedores e com boa comida. Ou não estivesse no Nordeste brasileiro.
Se não consegue relaxar sem uma boa noite de diversão, não desanime, porque Jericoacoara promete surpreender, apesar da iluminação fraca - em algumas ruas quase inexistente. O forró é o rei da festa e a caipirinha (claro!), feita de todas as formas, a acompanhante que todos querem ter nesta pitoresca vila do estado do Ceará.
A animação pode até começar logo na viagem, desde que consiga minimizar os estragos provocados pelas extenuantes sete horas de viagem desde Fortaleza, cidade situada a 300 quilómetros, isto se optar pelo transporte mais comum, o autocarro. Cansativo, sim, mas ao chegar a Jeri perceberá que valeu a pena. A melhor parte está reservada a partir de Jijoca, localidade a 20 quilómetros de Jericoacoara, onde deixa o autocarro e entra na "jardineira", uma espécie de camião 4x4, adaptado com bancos corridos de madeira, e que circula… na praia.
Não há um visitante de Jeri que não tenha, pelo menos uma vez, subido à "duna do pôr-do-sol". Arriscaria até a dizer que muitos fazem disto um programa diário, pela beleza do momento ao ver o sol "entrar" no mar, mas também porque é uma tradição que acolhe habitantes e forasteiros, naquele que é o momento alto do dia. Uma visita à "Pedra Furada" - alcançável com maré baixa pela praia - ou um passeio de "buggy" são também obrigatórios.
Num desses passeios, perca-se nas lagoas que existem relativamente perto de Jericoacoara. Uma visita à Tatajuba, com um caminho inesquecível de "buggy" ou 4x4 através da praia do "Mangue seco", vai despertá-lo para o verdadeiro postal da região: a Lagoa Paraíso. Mesmo que antes pare na Lagoa Azul - um programa quase obrigatório - e fique defraudado, continue em direcção a um dos pontos altos da viagem. As águas cristalinas, a areia branca e fina e as boas infra-estruturas vão pedir-lhe que relaxe por ali horas a fio e tome vários banhos de… água doce. Chegou ao Paraíso (mais um).
Como ir
A TAP tem viagens directas entre Lisboa e Fortaleza. Pode optar por sair de outra cidade europeia, se financeiramente compensar, ou até contratar um "pacote" em agência. Depois pode chegar a Jeri alugando um carro (de preferência 4x4), mas tome nota que na vila apenas podem circular veículos autorizados e a fiscalização pode apertar: existem parques de estacionamento pagos nos limites de Jericoacoara. O autocarro é uma boa hipótese. A viagem é longa mas diferente, sobretudo na parte final. A "fretcar" permite a compra antecipada de bilhetes.
Moeda e língua
Há expressões bem diferentes, mas a língua não será, garantidamente, um problema. Menos uma atrapalhação na viagem. Já a moeda pode ser, sobretudo pela grande oscilação que o real sofre. 1€: 3,37 BRL, nesta altura, mas consulte sempre o site do Banco de Portugal antes de fazer o câmbio.
Onde ficar
Quanto mais perto ficar da rua principal, menos terá de atravessar a escuridão da vila à noite, sobretudo se quiser descontrair e dançar. Por outro lado, uma pousada perto da duna dar-lhe-á um encanto e sossego maiores durante o dia. Não se assuste com os preços altos da maioria das pousadas. Acredite, há dormida para todos os preços em Jeri, só terá de reservar com a devida antecedência.
Jeri, como é carinhosamente conhecida entre os locais, é uma vila pequena mas com charme. O facto de as avenidas (chamemos-lhe assim…) não serem alcatroadas dá-lhe toda uma magia e um encanto difíceis de encontrar noutro sítio do Brasil. O melhor mesmo é apostar nos chinelos de praia e deixar-se contagiar pelo espírito peculiar de uma localidade onde não faltam restaurantes acolhedores e com boa comida. Ou não estivesse no Nordeste brasileiro.
A animação pode até começar logo na viagem, desde que consiga minimizar os estragos provocados pelas extenuantes sete horas de viagem desde Fortaleza, cidade situada a 300 quilómetros, isto se optar pelo transporte mais comum, o autocarro. Cansativo, sim, mas ao chegar a Jeri perceberá que valeu a pena. A melhor parte está reservada a partir de Jijoca, localidade a 20 quilómetros de Jericoacoara, onde deixa o autocarro e entra na "jardineira", uma espécie de camião 4x4, adaptado com bancos corridos de madeira, e que circula… na praia.
Não há um visitante de Jeri que não tenha, pelo menos uma vez, subido à "duna do pôr-do-sol". Arriscaria até a dizer que muitos fazem disto um programa diário, pela beleza do momento ao ver o sol "entrar" no mar, mas também porque é uma tradição que acolhe habitantes e forasteiros, naquele que é o momento alto do dia. Uma visita à "Pedra Furada" - alcançável com maré baixa pela praia - ou um passeio de "buggy" são também obrigatórios.
Num desses passeios, perca-se nas lagoas que existem relativamente perto de Jericoacoara. Uma visita à Tatajuba, com um caminho inesquecível de "buggy" ou 4x4 através da praia do "Mangue seco", vai despertá-lo para o verdadeiro postal da região: a Lagoa Paraíso. Mesmo que antes pare na Lagoa Azul - um programa quase obrigatório - e fique defraudado, continue em direcção a um dos pontos altos da viagem. As águas cristalinas, a areia branca e fina e as boas infra-estruturas vão pedir-lhe que relaxe por ali horas a fio e tome vários banhos de… água doce. Chegou ao Paraíso (mais um).
Como ir
A TAP tem viagens directas entre Lisboa e Fortaleza. Pode optar por sair de outra cidade europeia, se financeiramente compensar, ou até contratar um "pacote" em agência. Depois pode chegar a Jeri alugando um carro (de preferência 4x4), mas tome nota que na vila apenas podem circular veículos autorizados e a fiscalização pode apertar: existem parques de estacionamento pagos nos limites de Jericoacoara. O autocarro é uma boa hipótese. A viagem é longa mas diferente, sobretudo na parte final. A "fretcar" permite a compra antecipada de bilhetes.
Moeda e língua
Há expressões bem diferentes, mas a língua não será, garantidamente, um problema. Menos uma atrapalhação na viagem. Já a moeda pode ser, sobretudo pela grande oscilação que o real sofre. 1€: 3,37 BRL, nesta altura, mas consulte sempre o site do Banco de Portugal antes de fazer o câmbio.
Onde ficar
Quanto mais perto ficar da rua principal, menos terá de atravessar a escuridão da vila à noite, sobretudo se quiser descontrair e dançar. Por outro lado, uma pousada perto da duna dar-lhe-á um encanto e sossego maiores durante o dia. Não se assuste com os preços altos da maioria das pousadas. Acredite, há dormida para todos os preços em Jeri, só terá de reservar com a devida antecedência.
