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Do turismo industrial às rotas literárias – há passeios para todos os gostos

Há muito que Portugal deixou de ser apenas um destino turístico de sol e praia. As escapadelas urbanas têm um peso crescente nas estatísticas e há programas alternativos que conquistam cada vez mais adeptos: golfe, vinhos, religião, cultura, surf, história militar, indústria, minas. Há um mundo de experiências no cardápio.
Luís Francisco 15 de Julho de 2023 às 11:00

O ano de 2022 permitiu ao turismo português recuperar terreno depois da covid-19 e aproximar-se dos números de 2019. As perspetivas são que 2023 venha a superar os registos pré-pandemia e para isso muito contribuiu uma oferta cada vez mais diversificada, onde setores de nicho ganham relevância e ajudam a construir um quadro muito querido aos turistas do século XXI: a diversificação de experiências. Mas há ainda muito terreno para explorar nesse campo.

 

"O Turismo de Portugal – e é essa a nossa missão – tem vindo a trabalhar com vários parceiros para a promoção e estruturação de vários tipos de produtos. Sempre de acordo com as orientações da estratégia até 2027, ou seja, gerar fluxos ao longo de todo o ano e em todo o território", enquadra Teresa Ferreira, diretora do Departamento de Dinamização da Oferta e dos Recursos do Turismo de Portugal. Do que falamos? De "turismo industrial", por exemplo, "que permite trabalhar referências do património, como o Museu Ferroviário no Entroncamento, com unidades em produção, como as conservas em Matosinhos ou o vidro na Marinha Grande, por exemplo".

 

Mas também o "turismo literário, com os nossos escritores e as suas ligações ao território", o "turismo militar", o "turismo religioso", o "turismo de natureza". E, olhando para o futuro próximo, há ainda mais caminho para percorrer. A responsável do Turismo de Portugal fala, por exemplo, do "turismo ferroviário, num trabalho a ser feito com a CP", no "turismo desportivo, com a vinda de equipas para estagiar e a organização de grandes eventos", ou ainda o "turismo termal", que pode conhecer um novo dinamismo com "o regresso da comparticipação dos tratamentos termais pelo Serviço Nacional de Saúde".

 

Durante muito tempo, Portugal foi um destino turístico sazonal, com uma oferta turística em que o sol e praia assumiam papel hegemónico. A "democratização" das viagens de avião e uma nova cultura de exploração das cidades e de escapadelas urbanas curtas atiraram Lisboa e Porto para o estrelato internacional. A outro nível, Fátima continua a ser um destino privilegiado do turismo religioso – em 2019 recebeu 6,3 milhões de visitantes. O clima ameno permite que se jogue golfe todo o ano. Há tradição termal. O vinho e as ondas andam nas bocas do mundo e atraem cada vez mais interessados. Num país com quase nove séculos de história, a cultura e o património histórico são incontornáveis. E há novos programas nas áreas do turismo industrial, mineiro ou literário. Todo um mundo de experiências no cardápio.

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