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Cláudia Ramos: Este território industrial estava a caminhar para o silêncio

Cláudia Ramos é uma apaixonada por lugares. Apaixonou-se pelo território da antiga Companhia União Fabril (CUF), pelas suas paisagens negras feitas de pirite, e nelas ergueu um projecto de arte contemporânea "Da Fábrica Que Desvanece à Baía do Tejo" é um lugar de encontro no Barreiro e agrupa intervenções de escultura, desenho, fotografia e instalação sonora, resultantes de uma residência artística de três meses. Surge assim uma zona industrial transformada em espaço de intervenção artística. Um espaço a visitar a partir de amanhã. Até dia 11 de Outubro. Cláudia Ramos quer levar a arte contemporânea a lugares improváveis e criou, para tal, a associação cultural Casinfância. "O porquê do nome? Um dia, eu estava a ler um poema Herberto Hélder que falava sobre uma casa repleta de significados e experiências. Ele, que reinventa e inventa palavras, surgia com o nome 'casinfância', e eu achei a palavra fantástica porque reunia, em si, a ideia de sítio de origem".

12 de Setembro de 2014 às 12:01
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Tenho um fascínio por lugares. Por lugares ricos. O lugar faz-se da vivência, faz-se da experiência. À medida que estudava arquitectura, apercebi-me do meu interesse pelas obras de Alberto Carneiro, que explorava a questão do lugar do ponto de vista da arte contemporânea. Conheci o trabalho de Gordon Matta-Clark. Ele fazia intervenções em edifícios inactivos e construía visões diferentes. A descoberta de todos estes artistas

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