Notícia
Cascais recebe motores de valor
O Cascais Classic Motorshow volta à vila cascalense em Setembro, afirmando-se como um ponto fundamental para os investidores e coleccionadores de automóveis clássicos.
02 de Setembro de 2017 às 09:00
Certamente aqueles que conhecem o real valor de mercado e, noutra latitude, os que simplesmente se desvanecem com a beleza de um automóvel clássico perceberão que existe um conjunto poderoso de razões para rumarem a Cascais de 15 a 17 de Setembro. Na verdade, o Cascais Classic Motorshow é dificilmente contornável para os que se interessam por este tema, porque cumpre a dupla função de permitir a observação do mercado nacional, ao mesmo tempo que estabelece algumas pontes com o mercado global.
O principal valor do espectáculo motorizado é o de seguir à risca o protocolo internacional, a começar pelo ponto de que admite veículos de várias categorias, mais especificamente da E, que abrange as máquinas fabricadas entre 1946 e 1960, da F, entre 1961 e 1970, e da G, entre 1971 e 1986. O acontecimento abre ainda espaço para outras duas categorias importantes em termos de mercado, a de automóveis fabricados até 1930 e a Futuro - Clássico, para máquinas lançadas entre 1987 e 1996, essencial para perceber o que está a ser considerado pelo mercado como exemplar de valorização futura.
O desenrolar do espectáculo é realizado através de uma série de actividades, todas elas importantes para investidores e coleccionadores. Há uma prova de arranque para os veículos até 1930, um rally e, acima de tudo, em termos de relevo, um concurso de elegância. O concurso conta com 60 veículos de propriedade de nacionais, escolhidos previamente pela organização e que serão analisados e julgados por um júri internacional.
A prova de elegância é importante por ser, a vários níveis, um barómetro do nosso mercado. Antes de mais, as pontuações e observações do júri permitirão saber se acompanhamos a tendência global em termos de valor do automóvel e da sua valorização pelo proprietário, no capítulo fundamental da recuperação e conservação. Ao mesmo tempo, é igualmente o concurso que permite uma observação mais fina, embora limitada, da tendência nacional, nomeadamente se esta alinha pelo padrão de valor global, que assenta nas marcas Ferrari, Porsche e Mercedes, ou se incorpora também automóveis de outros fabricantes, como por exemplo a Rolls-Royce, que têm, certamente, um enorme valor, mas não são o topo do mercado.
O Cascais Classic Motorshow realiza-se numa altura em que o mercado global de automóveis clássicos mostra sinais de uma vitalidade importante. O HAGI Top Index, o índice mais considerado no mercado, desenvolvido pelo Historic Automobile Group International, a partir das vendas referenciadas de exemplares Mercedes, Porsche e Ferrari, mostra um crescimento das vendas em 2016 de 9%, embora as transacções registadas até Julho deste ano assinalem uma descida de 3% nas vendas.
É também o HAGI a referir, a partir da análise das suas estatísticas, que os automóveis clássicos proporcionaram, nos últimos cinco anos, um retorno médio de 129%, acima de classes como, por exemplo, o vinho. Por outras palavras, um automóvel clássico continua a ser um investimento interessante. W
Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.
O principal valor do espectáculo motorizado é o de seguir à risca o protocolo internacional, a começar pelo ponto de que admite veículos de várias categorias, mais especificamente da E, que abrange as máquinas fabricadas entre 1946 e 1960, da F, entre 1961 e 1970, e da G, entre 1971 e 1986. O acontecimento abre ainda espaço para outras duas categorias importantes em termos de mercado, a de automóveis fabricados até 1930 e a Futuro - Clássico, para máquinas lançadas entre 1987 e 1996, essencial para perceber o que está a ser considerado pelo mercado como exemplar de valorização futura.
O Cascais Classic Motorshow realiza-se numa altura em que o mercado global de automóveis clássicos mostra sinais de uma vitalidade importante.
A prova de elegância é importante por ser, a vários níveis, um barómetro do nosso mercado. Antes de mais, as pontuações e observações do júri permitirão saber se acompanhamos a tendência global em termos de valor do automóvel e da sua valorização pelo proprietário, no capítulo fundamental da recuperação e conservação. Ao mesmo tempo, é igualmente o concurso que permite uma observação mais fina, embora limitada, da tendência nacional, nomeadamente se esta alinha pelo padrão de valor global, que assenta nas marcas Ferrari, Porsche e Mercedes, ou se incorpora também automóveis de outros fabricantes, como por exemplo a Rolls-Royce, que têm, certamente, um enorme valor, mas não são o topo do mercado.
O Cascais Classic Motorshow realiza-se numa altura em que o mercado global de automóveis clássicos mostra sinais de uma vitalidade importante. O HAGI Top Index, o índice mais considerado no mercado, desenvolvido pelo Historic Automobile Group International, a partir das vendas referenciadas de exemplares Mercedes, Porsche e Ferrari, mostra um crescimento das vendas em 2016 de 9%, embora as transacções registadas até Julho deste ano assinalem uma descida de 3% nas vendas.
É também o HAGI a referir, a partir da análise das suas estatísticas, que os automóveis clássicos proporcionaram, nos últimos cinco anos, um retorno médio de 129%, acima de classes como, por exemplo, o vinho. Por outras palavras, um automóvel clássico continua a ser um investimento interessante. W
Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.