Notícia
A página e o punhal
Como os mortos não confinam, pedi para falar com Henry Miller. Ficámos “tu cá, tu lá” com o “Trópico de Capricórnio”.
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Por causa de Kafka, comecei a olhar para mim com um compungido desdém. Esclareço, recuando à adolescência. Converti-me à leitura, sentado nos robustos galhos de uma mangueira da minha casa, em África. Mas que livros, li?
Diz Kafka que só devemos ler livros que nos golpeiem, que nos apunhalem. Não me lembro de ter caído, apunhalado, dos ramos protectores da minha árvore de doces mangas, e essa falta de drama e sangue