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Aulas de condução com um Lamborghini custam 12 mil dólares em Las Vegas

O evento principal para a maior parte destes milionários é dar algumas voltas num dos Super Trofeo Huracáns, um investimento de 350.000 dólares que nem pode ser conduzido nas ruas.

Bloomberg
13 de Dezembro de 2016 às 21:30
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Há muitas formas de derreter dinheiro em Las Vegas. Por 10 mil dólares pode pedir um cocktail de champanhe Ono na discoteca XO, no hotel Wynn Encore. No mesmo lugar, é possível pagar 200 mil dólares ao DJ Deadmau5 para que ele toque uma música de Bon Jovi. Outra opção passa por gastar 737 mil dólares para levar 50 amigos num jacto privado ao Drai’s, no Cromwell, e oferecer-lhe um espectáculo de fogo-de-artifício de 210 segundos.

 

Existe também a possibilidade de gastar 12 mil dólares em dois dias na academia de aulas de condução intensivas da Lamborghini, no autódromo Las Vegas Motor Speedway. Vale a pena? Depende do que quer fazer a seguir - simplesmente aprimorar sua habilidade de conduzir um Lamborghini ou financiar uma equipa amadora?

 

O programa de condução de clientes da Lamborghini pode ser descrito como uma pirâmide, que começa com uma simples experiência de um dia - basicamente um test drive dos dois principais modelos da marca na pista - e vai até um fim-de-semana completo de corrida no "Super Trofeo", o ponto alto dos carros de corrida GT.

 

A "Academia" está a meio dessa pirâmide e foi o que eu testei no fim de Outubro. A Lamborghini usa a escola de condução para vender carros e construir uma relação mais forte com os seus clientes mais ricos, mas quer também encontrar os pilotos mais rápidos e incrementar a sua nova liga de corridas.

 

O "Super Trofeo" é uma espécie de clube de corrida de cavalheiros, do género que transformou as rivais Porsche e Ferrari em marcas lendárias das pistas, com números de vendas de sucesso. A Lamborghini produz uma versão do seu carro desportivo Huracán (na foto) com o nome inspirado na liga, assim como fez com o antecessor, o Gallardo.

 

Para a Lamborghini - que vende muito menos de metade da Ferrari, num total de 3.245 unidades em 2015 -, um programa de corridas bem sucedido pode traduzir-se em consumidores mais fiéis à marca, em melhor investigação e desenvolvimento e em mais lucros para a empresa que é controlada pela Volkswagen (dona também das marcas Porsche, Audi e Bentley). Afinal, há uma boa razão para a máxima "ganhe no domingo, venda na segunda".

 

Para o condutor, a academia de dois dias também é um belo negócio considerando tudo que se recebe e também comparando com tudo o que vai além do buffet em Las Vegas.

 

A maioria dos participantes da "Academia" já possui pelo menos um Lamborghini - quando fui, dividi a pista com um neurocirurgião, um herdeiro de um negócio industrial do Canadá, um magnata do sector imobiliário, um engenheiro de software, um ex-soldado das forças especiais britânicas e um milionário do México.

 

O evento principal para a maior parte destes milionários é dar algumas voltas num dos Super Trofeo Huracáns, um investimento de 350.000 dólares que nem pode ser conduzido nas ruas. O propósito deste carro é rugir na pista, e tem o controlo mais firme que eu já experimentei na minha vida.

 

O Super Trofeo é viciante; depois de dar uma volta nesta máquina de corridas personalizada, tudo o resto parece muito comercial. E a Lamborghini está desejosa para vender o carro, fomentar o patrocínio às equipas de corrida, aos condutores mais rápidos e mais ricos.

 

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