Notícia
Lucros da LG Electonics disparam mais de 80%
Resultados surpreenderam pela positiva o mercado.
A empresa sul-coreana anunciou esta terça-feira, dia 10 de Outubro, que o seu lucro líquido subiu 82,2% para cerca de 385 milhões de dólares, de Julho a Setembro, quando comparado com o período homólogo. As receitas subiram 15,2%, apesar das fracas vendas de smartphones. Os ganhos da empresa são suportados pelas fortes vendas das novas Smart Tv’s e electrodomésticos inteligentes, assumindo-se como player de casas cada vez mais digitais.
Os analistas contactados hoje pelo Financial Times defendem que estes resultados vão impulsionar o segundo maior fabricante de televisões do mundo, depois da Samsung electronics, a registar ganhos recorde este ano.
As novas televisões ultra-finas topo de gama da marca arrecadaram nos últimos meses cerca de 20 prémios, entre os quais os mais prestigiados do sector. A OLED é a nova tecnologia de televisores da qual a LG é a maior representante, a tela usa como fonte de iluminação díodos orgânicos, um material que não precisa de outro tipo luz externa. Além disso, a LG também lançou novos electrodomésticos como o frigorífico InstaView, cujo destaque é a integração do assistente por voz da Amazon, Alexa, e o sistema operativo webOS. O Google Assistant um assistente pessoal virtual - já está instalado em mais de 90 electrodomésticos da LG.
Estas notícias fazem crer que as acções da empresa sul-coreana podem ser uma boa aposta. Mas nem tudo são rosas.
A empresa corre o risco de vir a enfrentar problemas de exportação para os Estados Unidos. A Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos abriu a semana passada a porta à possibilidade de o governo norte-americano vir a limitar o número de máquinas de lavar da Samsung e da LG vendidas na maior economia do mundo. Aquela entidade deu, por unanimidade, razão à empresa Whirlpool, com sede nos EUA, declarando que a venda de aparelhos das duas gigantes sul-coreanas pode "provocar sérios danos na indústria doméstica".
Outra nuvem negra é o fraco desempenho da unidade móvel da empresa. Os especialistas ouvidos pelo Financial Times estimam que a empresa vai ter um saldo anual negativo nesta divisão, o insucesso está relacionado com a incapacidade da LG em enfrentar as rivais chinesas que apostam no baixo custo, como a Huawei, e concorrentes premium, como a Samsung e a Apple. A LG Electronics lançou recentemente o seu último smartphone premium V30, que não conseguiu inverter esta tendência negativa.
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