Notícia
IMF – Eur/Cad recuou após atingir máximos de uma semana
Dólar canadiano recupera após divulgação dos dados do emprego; Comissão Europeia revê em baixa crescimento da ZE e afunda euro; Crude corrigiu 6% após testar os $55.30; Ouro recuperou de mínimos de mais de uma semana perto dos $1300.
Dólar canadiano recupera após divulgação dos dados do emprego
A taxa de desemprego do Canadá subiu mais do que o esperado (5.8% vs 5.7% janeiro), mas a criação de emprego foi maior que o previsto (66.8m vs 8m janeiro) o que acabou por impulsionar o dólar canadiano na última sexta-feira. O Eur/Cad havia atingido máximos de uma semana no dia anterior, tendo recuado após a divulgação dos dados. Para além disso, o PIB no Canadá referente ao mês de novembro recuou 0.1% m/m conforme previsto, em comparação com os +0.3% registados no mês anterior.
A nível técnico, o Eur/Cad quebrou anteriormente em baixa a linha de tendência ascendente de médio prazo. As médias móveis no MACD estão muito próximas de se cruzarem e de darem um sinal de compra. Caso isso suceda, o par poderá sofrer um rally até dos $1.52. Caso seja quebrada essa zona, o câmbio poderá prosseguir até à resistência dos $1.53.
Comissão Europeia revê em baixa crescimento da ZE e afunda euro
O Eur/Usd mantém-se em queda livre, após uma semana tumultuosa para a Zona Euro. A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento das três principais economias do bloco. A CE desceu a perspetiva de crescimento da Zona Euro para 2019 de 1.9% para 1.3% e para 2020 de 1.7% para 1.6%. Adicionalmente, os dados macroeconómicos da Alemanha têm vindo a dar sinais de aumento do risco de recessão para a maior potência económica europeia. As bunds alemãs a 10 anos já reagiram e alcançaram máximos de novembro de 2016.
Tecnicamente, o Eur/Usd quebrou novamente a linha inferior do canal ascendente, tendo definido uma nova linha ascendente como um novo suporte. É difícil definir a tendência de curtíssimo-prazo. Apesar de o MACD manter o sinal de compra, a tendência ascendente continua a dar algum suporte ao par. Adicionalmente, o Eur/Usd negoceia em oversold e aponta para um ressalto em alta, sendo necessário aguardar pela reação do par aos novos níveis após o ressalto.
Crude corrigiu 6% após testar os $55.30
Os preços do petróleo recuaram cerca de 6% na última semana. As estimativas da API apontaram para uma subida dos inventários de crude, gasolina e destilados, a produção norte americana em máximos históricos pressionaram e os receios de abrandamento da economia foram as principais causas de o ouro negro ter recuado. Os cortes da OPEP e as sanções à Venezuela não conseguiram oferecer o suporte esperado ao crude.
Tecnicamente, o crude alcançou máximos de finais de novembro de 2018 e a resistência oferecida pela retração de 38.2% de fibonacci. Contudo, registou alguma vulnerabilidade ao negociar em overbought e recuou para os $52, libertando alguma pressão bullish e ganhando terreno para voltar às subidas e testar os $55.30 novamente, à medida que o MACD mantém a perspetiva de compra.
Ouro recuperou de mínimos de mais de uma semana perto dos $1300
O ouro recuperou na semana passada de mínimos de mais de uma semana atingidos próximo da zona dos $1300 devido ao aumento dos receios em relação ao crescimento económico da Europa. O recente fortalecimento do dólar – que atingiu máximos de duas semanas face ao euro - também não ajudou à subida da cotação do ouro .
A nível técnico, o MACD dá agora um sinal de venda pelo que a commodity poderá testar a zona dos $1300 novamente. Caso isso suceda, o metal precioso deverá encontrar algum suporte na linha ascendente de médio prazo.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.