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Abril é o melhor mês do ano para as bolsas

Abril é, historicamente, o melhor mês do ano para o S&P500 e para o índice asiático MSCI. E os dados mostram que é um mês genericamente positivo para as praças mundiais. 2019 confirmará a história?

01 de Abril de 2019 às 14:55
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O arranque do ano está a ser positivo para os investidores, com as bolsas a viverem um período de ganhos. O primeiro trimestre foi de subidas por todo o mundo, e os ganhos foram acentuados. E a avaliar pelos dados históricos, o melhor mês do ano para alguns índices só agora está a arrancar.

 

O melhor mês do ano, em média, para o S&P500 é precisamente abril, registando um ganho médio de 1,73% neste mês nos últimos 30 anos, segundo os dados compilados pela Bloomberg. Uma subida média que supera a de qualquer outro mês no mesmo período.

 

Mas este cenário não é exclusivo do S&P500. O índice MSCI Ásia Pacífico subiu na esmagadora maioria dos meses de abril (77%), desde os anos 80, com uma subida média de 2,3%. Uma valorização "bem superior" à dos outros meses, realça a Bloomberg.

 

Já o índice MSCI Mundial sobe, em média, 2% em abril, registando um desempenho positivo na maior parte dos anos. Ainda que, salienta a mesma agência, no caso deste índice as subidas de abril são semelhantes às observadas em dezembro.

 

Mas o que justifica este desempenho positivo no quarto mês do ano? Parte do entusiasmo dos investidores estará relacionado com os resultados já apresentados pelas empresas, que, por regra, também apresentam em março os seus planos estratégicos. Além disso, diz a Bloomberg, é um mês que antecipa um período mais calmo nos mercados, ditado pelas férias de verão. Agosto costuma ser um dos piores meses para as bolsas.

 

Primeiro trimestre forte poderá travar entusiasmo?

Este mês de abril começa com antecedentes. Os primeiros três meses do ano foram de ganhos e o acumulado do trimestre foi muito positivo, com as bolsas a viverem mesmo o melhor trimestre em vários anos. Ainda assim, há otimismo.

 

"Penso que há uma forte possibilidade de que os dados económicos se mantenham em linha com o que tem sido divulgado e que não teremos uma rutura nas negociações comerciais EUA/China", o que poderá ditar mais um abril positivo, salientou à Bloomberg Jeffrey Halley estratega da Oanda.

 

Há várias questões que poderão travar ou acelerar o entusiasmo dos investidores. Na verdade, não são questões novas, mas mantêm-se. As negociações comerciais entre os EUA e a China, que se prolongaram e que ainda não têm data para serem concluídas; o Brexit, cujo desfecho ainda é incerto; e o crescimento da economia mundial. Estes são os principais focos de incerteza que prometem marcar a agenda.

 

Ainda assim, o mês começa com indicadores económicos positivos no caso da China, e nada animadores para a Europa.

 

O PMI para a indústria chinesa registou em março a maior subida desde 2012, com o indicador de atividade a apontar para que este setor tenha deixado de contrair. Já a atividade industrial na Zona Euro contraiu em março, pelo segundo mês consecutivo, em mais um sinal que aponta para a desaceleração da economia da região. E a contração foi mesmo a maior desde abril de 2013, com a leitura a ficar muito abaixo do esperado pelos economistas.

 

O indicador que aponta para que a China esteja a recuperar o seu ritmo de crescimento animou os investidores, que elevaram as bolsas asiáticas e estão a impulsionar os índices europeus e americanos.

 

O índice chinês Shanghai Composito atingiu hoje um máximo de nove meses, acumulando uma subida de 27% desde o início do ano, o que anula as quedas acumuladas no ano passado. O índice indiano Hang Seng também já entrou em "bull market" (uma subida de pelo menos 20%).

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