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O BPI ainda não tem fundos com selo ESG. Porquê?
A questão dos “selos” não está muito definida. Até agora cada um dá o selo que quer. A Comissão Europeia regulamentou o assunto e vamos ter uma clarificação sobre o que vai ser a tipologia de fundos em relação à sua sustentabilidade.
Estão à espera dessa clarificação para avançar com esses critérios?
O que temos estado a fazer tem sido mais holística. Fomos a primeira gestora em Portugal a aderir aos princípios de investimento responsável. Mais do que selos, que até agora não eram padronizados, optámos por uma estratégia mais de integração seja dos critérios nas nossas avaliações, seja de restrições nos nossos investimentos – há empresas em que não investimos de todo porque consideramos que estão para lá do aceitável dos critérios. Há outras que achamos que podem estar no bom caminho e ajudamo-las. E votamos explicitamente com todas as participações que temos e muitas vezes votamos não favoravelmente em relação a muitas propostas porque achamos que há espaço para evoluir, votando de forma construtiva. E isso sim é ESG. Não é só comprar as melhores empresas. Se já são melhores, já estão num ponto em que se quer que elas estejam. É ajudar muitas outras a chegar a esse ponto. Aí é que vamos mudar o ambiente, mudar a sociedade, mudar a “governance”.
Portanto, mesmo sem esse selo já têm fundos com essas características?
Os nossos produtos promovem já características ESG. Agora que venha alguém e lhe ponha o selo. Fazemos o nosso trabalho. Até agora não lhe pusemos o selo porque a regulação não era certa. Estou convencido que no final do ano, quando as normas técnicas deste regulamento ficarem claras para todos, que muitos dos nossos produtos, que já fazem tudo isto, serão considerados, levarão o selo.